Autarquia elogia resposta dos lisboetas durante greve

“Apesar da dificuldade, mostrámos que estávamos preparados como cidade”, sublinhou Carlos Moedas, em conferência de imprensa de balanço da greve da Higiene Urbana. O autarca agradeceu a colaboração de todos os lisboetas na redução da produção de lixo durante o período da greve, e às associações, empresas, comerciantes e presidentes das juntas de freguesia, que desempenharam um papel crucial no esforço conjunto.

“Aos presidentes das juntas, o vosso trabalho foi essencial”, vincou o autarca, elogiando ainda a equipa de gestão de crise “que trabalhou 24 horas por dia”. Carlos Moedas dirigiu também uma palavra especial aos trabalhadores da Higiene Urbana que continuaram a desempenhar as suas funções: “Conheço o vosso trabalho e as vossas dificuldades. Estou e estarei sempre ao vosso lado”, afirmou, lembrando o seu compromisso de ouvir e resolver os problemas do setor.

Durante os dias de paralisação, de acordo com os serviços municipais, a taxa de adesão foi inferior a 50%, com exceção da noite de 1 para 2 de janeiro, que registou 53%. Carlos Moedas associou os números ao esforço da autarquia para melhorar as condições de trabalho, mencionando o pagamento do suplemento de insalubridade, a contratação de 400 trabalhadores nos últimos três anos e o cumprimento de 80% de um acordo firmado com os sindicatos em 2023.

O presidente apelou, ainda, à responsabilidade de todas as partes face aos desafios futuros, afirmando que está “sempre disponível para negociar”, reiterando a sua defesa incondicional dos trabalhadores: “Nunca culpei os trabalhadores pelos problemas. Defendo-os todos os dias, porque acredito no valor do seu trabalho para a nossa cidade.”