com Andreia Salavessa

Na Quinta Alegre as histórias são como as cerejas: vêm umas atrás das outras e são difíceis de parar. Basta fecharmos os olhos e vemos o Marquês e a Marquesa a dançar no salão principal ou a passear junto à buganvília no jardim. E mais uma história para contar. Dizem as más-línguas que o Marquês acorda sempre mal disposto e que à hora do lanche já podemos vê-lo  alegre, a passear todo vaidoso com as suas perucas vistosas. Nunca repete uma peruca, tem 365, uma para cada dia do ano. Mas esqueceu-se de que este ano era bissexto e agora falta-lhe uma peruca. Estamos desesperadas e precisamos mesmo de ajuda para imaginá-la!

Uma caixa de sapatos, uma lente de lupa e cartolina preta. Uma oficina para descobrir o que acontece quando se deixa entrar a luz num sítio pequeno e muito escuro – até parece magia.
 

Uma vez por mês, de maio a dezembro, trocam-se as voltas ao calendário. O dia começa com um passeio ou visita. Ao início da tarde paramos para ouvir histórias trazidas pelas árvores ou encontrar poesia nas palavras do dia-a-dia.  Ao final da tarde temos um concerto de jazz, com curadoria de Bruno Santos que reuniu duplas de diferentes instrumentos para diálogo intimistas.

Com Delano Queiroz 

O que se escuta quando se ouve? Há diferença entre ouvir e escutar? A partir de exercícios de escuta que visam estimular o entendimento da paisagem sonora que nos circunda, pensaremos e criaremos um filme capaz de imaginar as transformações que procuramos.

Uma vez por mês a paisagem passa para o grande ecrã na Associação de Moradores do Bairro das Calvanas ou na Quinta Alegre. Desta vez, a sessão é no palácio e reúne os filmes feitos em 2023 na oficina Do guião à sala de cinema com alunos da EB 2.3 Pintor Almada Negreiros.

Paisagens – Permanente Transformação

com Ana Sofia Paiva, Marco Oliveira, Nuno Cintrão e José Peixoto

O que é a que música e a poesia têm em comum com as árvores? São, de algum modo, seres vivos na terra. Música e palavras juntam-se como se fizessem parte de uma floresta e quatro criadores usam a sua linguagem própria para partilhar cumplicidades com a Natureza.

Vozes, guitarras clássicas ou elétricas e outros instrumentos misturam-se com os sons de exterior num espetáculo ao ar livre. A voz do vento é um recital de poesia, árvores e música, onde ritmos, melodia e textos da literatura ou da ciência dialogam e criam uma paisagem sonora única.
 

Histórias que vêm nos livros ilustrados e outras trazidas pelas pessoas que se reúnem à volta da mesa, com chá, bolachas e outros pequenos tesouros. Para pessoas mais velhas. Não é preciso saber as letras, há muitas formas de ler.

Com Dora Batalim Sottomayor

Se há luz, há sombra. Uma não vive sem a outra. Vamos então descobri-las, criá-las, inventá-las e guardá-las.

Tendo como inspiração o trabalho da artista Lourdes Castro, mergulhamos no universo da luz e da sombra e tentamos capturar essas manchas que teimam em fugir-nos e em mudar de forma a cada movimento, a cada som e a cada nota musical. 

Cada participante terá o seu kit com as ferramentas necessárias para a captura. No fim, talvez saibamos dizer qual é a diferença entre ver e olhar. Quando acabar levaremos connosco a primeira de muitas sombras, daquela que será a nossa nova coleção.

Criada por Márcia Lessa, fotógrafa, Rita Luiz, mediadora, e Bruno Santos, músico, esta oficina é uma aventura divertida, multissensorial e dinâmica onde também descobrimos o trabalho de Lourdes Castro. Uma artista visual que olhava o mundo de uma forma simples e bela e reparava em detalhes especiais como as sombras que estão por todo o lado.

Com Rita Luiz e Bruno Santos

Visita exploratória ao jardim da Quinta Alegre e sua área envolvente com recurso aos sentidos. As crianças são convidadas a conhecer o espaço, a sua história e património, através do tato, do cheiro, dos ouvidos e do olhar, e a registar as suas experiências num diário, que será a memória física de uma vivência sensorial única.  

Orientação: equipa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Guitarristas e irmãos, lançaram o seu quinto disco tendo a obra de Lourdes Castro como o embrião e ponto de partida deste trabalho. 

O duo inspirou-se em três momentos da vida e obra da artista visual: o início, na sua terra natal, a Madeira, a emigração com uma curta passagem por Lisboa e o regresso à ilha, às raízes e ao seu jardim, a sua última obra. O som das guitarras e cordofones tradicionais da Madeira dá vida a mais uma etapa dos Manos, que partilham com Lourdes Castro a origem na ilha e daí nos levam em viagem.

com Joana Simões Piedade

Será que aquilo que precisamos para viver são… “direitos”? O que é a Convenção sobre os Direitos da Criança? E, afinal, o que está lá escrito? À volta de uma manta-jogo vamos conhecer, pensar e conversar em conjunto sobre os direitos da criança. Nesta oficina, todos têm direito a participar e a usar a sua voz, a partilhar vivências e a refletir sobre como estes direitos se relacionam com as nossas vidas e as de todas as crianças à volta do mundo.

Já comemos rúcula, já comemos rabanetes, chegou a altura das favas! O convite é para um almoço de encontro e partilha, com todos os que têm acompanhado a construção do microbosque dos Sete Céus, quer com as mãos na terra quer com a cabeça nesta ideia. Uma favada que resulta da primeira plantação comunitária com associações de moradores, vizinhos e escolas locais.