Quinta Alegre – Um Teatro em cada Bairro

O que os jovens sonham, projetam, questionam e desejam para si, para o mundo e para as suas comunidades? 

Com Muleca XIII — rapper, educadora popular e produtora cultural —chegamos a respostas pela exploração do poder da palavra, da música e da criação coletiva, com espaço para cada jovem contribuir à sua maneira: compondo, cantando, escrevendo ou simplesmente trocando ideias.

Com Muleca XIII
 

As Oficinas do Futuro estão integradas no DESCOLAR COM, iniciativa do programa DESCOLA que traz os jovens à criação da programação que lhes é dirigida. Nascidas de jogos de escuta, as Oficinas do Futuro dão forma ao tema escolhido por um grupo de estudante da EB 2.3 Pintor Almada Negreiros, convidando mais jovens a experimentar uma coisa nova e aprender como se faz, fazendo.

Escritos e ilustrados sem se imaginar a idade de quem os lê, os álbuns, livros ilustrados, são muitas vezes vistos como livros infantis. 

Nestes encontros que acontecem duas vezes por mês, os nossos vizinhos com mais idade sentam-se à mesa com pequenos tesouros, chá e bolachas – e juntam-se as histórias de cada um às histórias que estão dentro dos livros. Não é preciso saber as letras, há muitas formas de ler um livro ou o mundo.

Há sempre cadeiras livres, preferencialmente para maiores de 65, sempre bem recebidos por este grupo.

Com Dora Batalim Sotto Mayor

Rapper, educadora popular e produtora cultural com forte atuação em territórios periféricos e práticas de pedagogia crítica e emancipadora, Muleca XIII passa uma semana a criar canções com jovens de Santa Clara. 

Sábado, sobe ao palco do Palácio e partilha as suas canções e energia. A sua música é conhecida pela métrica acelerada (fastflow), e é especialista na rima de improviso (freestyle). Os temas sociais e políticos integram frequentemente a sua arte.

Agora que deixámos para trás o Natal, recuamos a essa festa em 1971, ano em que o Movimento Nacional Feminino produziu um disco para oferecer aos militares em guerra. A Sala das Artes também é da Sétima Arte.

Uma vez por mês, a Cinemateca Júnior sai de casa e muda-se para a Quinta Alegre, com filmes que motivam a troca de ideias entre pessoas de diferentes idades. Divertidas, emocionantes, maravilhosas, as histórias vistas no cinema também servem para conversar sobre vidas e realidades – as nossas e as de outros.

Em janeiro, guardámos a tarde para um documentário que nos leva a mais de meio século atrás. 

de Margarida Cardoso
 

Durante a Guerra Colonial, milhares de africanos combateram ao lado das Forças Armadas Portuguesas e arriscaram a vida por uma pátria que acreditavam ser a sua. Depois do 25 de Abril, quando Portugal se retirou dos territórios que ocupava em África, estes militares foram deixados para trás. 50 anos depois contam pela primeira vez a sua história. Já não temem represálias, nem têm medo de falar. Querem que os seus nomes sejam recordados. E que lhes devolvam os direitos que ganharam no campo de batalha.

A Quinta Alegre e a Divergente, revista digital de jornalismo narrativo, associam-se até fevereiro para apresentar e conversar sobre filmes com temas muito pertinentes e atuais. O tema de cada filme é também o mote para se explorar a restante programação da Quinta Alegre que se propõe em cada um dos meses. No final da projeção, segue-se uma conversa orientada pelos elementos deste coletivo de jornalistas, uma pessoa do território de Santa Clara e o público.

Se criar em escultura é criar para um espaço, para estes estudantes, finalistas da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, o espaço é a Quinta Alegre, palácio e jardins. 

oram muitas as visitas nos últimos meses e muito o trabalho desenvolvido longe do palácio. As peças criadas mostram-se agora ao público numa exposição coletiva que é uma outra forma de ocupar artisticamente o palácio, no segundo ano de colaboração entre a Quinta Alegre - Um Teatro em Cada Bairro e a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

Inauguração: 26 de janeiro às 17:30