Trienal de Arquitetura de Lisboa 2025

A próxima edição da Trienal quer abrir um espaço público de aprendizagem, experimentação, curiosidade, inquietação, debate, entusiasmo, indignação, especulação, transgressão, imaginação e ação sobre os futuros possíveis da coabitação.
Nesta edição exploram-se formas emergentes de cooperação estabelecendo uma nova unidade para avaliar a arquitetura e reformular o seu papel enquanto motor de debate.
A 7.ª Trienal envolve uma vasta equipa de peritos da ciência à filosofia ou às artes que participam desde o princípio num programa ramificado em três linhas de investigação – Fluxes, Spectres e Lighter – cada uma delas resultando numa exposição, capítulo do livro e sessão de debate.
Programação
Lighter
No início da última década, a China utilizou mais betão em dois anos do que os EUA ao longo de todo o século XX. Ao mesmo tempo, os padrões de produção da arquitectura contemporânea estão a tornar-se cada vez mais insulares, com poucas coligações com as múltiplas outras formas de conhecimento sobre as complexas transformações urbanas. A arquitetura voltou-se em grande parte para soluções individuais, intervenções ad-hoc e uma atenção preeminente aos espaços fechados onde as mudanças ocorrem.
Mais informação: página do evento
Spectres
É através da arquitetura que avançamos sobre a questão da expansão da cidade contemporânea para todos os territórios existentes que ela atravessa.
A transformação daquilo a que costumávamos chamar a cidade é inextricável tanto das tecnologias imaginais que orientam a extração – deteção remota, imagens térmicas, radar, sonar, lidar – como dos territórios fantasma de onde emanam energia e materiais que sustentam o capitalismo logístico contemporâneo: mineração, desflorestação ilegal, rápida urbanização, subida do nível do mar, destruição de florestas tropicais e glaciares, remodelação da mobilidade humana e segurança.
Como imaginar ritmos de mudança diferentes e diversificados no ambiente construído e na biosfera?
Fluxes
"O que significa para a arquitetura ser o suporte de fluxos materiais que se acumulam ao longo do tempo e se fundem no exoesqueleto duro das sociedades humanas. Este processo dinâmico pode ser abordado investigando a base material da arquitetura: as suas intrincadas construções, alicerces, armaduras, fissuras, modelos, juntas, erosões, desgastes, renovações e interligações. A questão de saber como medir o peso de uma cidade desafia o público a detetar o sinal do Antropoceno no meio do ruído da Terra."
Mais informação: página do evento
Talk, Talk, Talk
Um encontro informal e irreverente para o confronto de perspetivas entre painel e assistência.
Curadoria Filipa Ramos
Moderado por Lilet Breddels, Christele Harrouk e Federica Zambeletti