Câmara Municipal de Lisboa lamenta morte de Lauro António
Nascido em Lisboa, a 18 de agosto de 1942, a sua proximidade ao cinema teve início nos cineclubes universitários. Foi diretor de programação de salas de cinema lisboetas como o Estúdio Apolo 70, Caleidoscópio e Vox, dirigiu e participou em múltiplos Festivais e Semanas de Cinema Português, colaborou em diversos jornais, estações de rádio e televisão, enquanto crítico e divulgador de cinema.
Fez o primeiro filme profissional em 1975, quando rodou a curta documental “Vamos ao Nimas”, sobre os cinemas de Lisboa. Para além deste, será de destacar “Grande, Grande Era a Cidade” (1971), de Rogério Ceitil, integralmente rodado na cidade de Lisboa e outras obras que têm como pano de fundo Lisboa, tais como “Humberto Delgado: Obviamente Demito-o!” (2009); “José Viana, 50 anos de carreira” (1998) e “Paisagem Sem Barcos” (1983).
O seu nome fica ainda associado à realização de longas-metragens como “Manhã Submersa” (1980) – uma adaptação para cinema do romance de Vergílio Ferreira, e “O Vestido Cor de Fogo” (1986), baseado num romance de José Régio.
Em 2018, Lauro António recebeu o Prémio Carreira do Fantasporto, foi distinguido pela Academia Portuguesa de Cinema com um Prémio Sophia de carreira e condecorado pelo Senhor Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique.