Estádio da Luz tem nova morada


No dia em que se assinala um ano sobre a morte de Eusébio da Silva Ferreira - em 5 de janeiro de 2014, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa salientou a "rapidez invulgar com que foi possível cumprir todo o processo para que o nome de Eusébio passe hoje a constar da toponímia da cidade de Lisboa".

António Costa, acompanhado de Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica, falava durante a cerimónia do descerramento da placa toponímica da “Avenida Eusébio da Silva Ferreira” - num troço da Segunda Circular, junto ao Estádio da Luz, que a partir de agora tem "uma nova morada".

A homenagem da cidade de Lisboa, foi <media 32149 _blank - "UNDEFINED, Proposta - Eusebio Ferreira 2, Proposta_-_Eusebio_Ferreira_2.pdf, 155 KB">subscrita e aprovada em reunião de dia 10 de dezembro de 2014</media>, por unanimidade das forças politicas com representação na Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Para Luís Filipe Vieira, a "história, até hoje, ainda é redutora em relação à grandeza de Eusébio". O presidente, do clube que Eusébio representou durante 15 épocas, considerou que o atleta "ganhou em vida o direito à eternidade", pela marca de "carater e talento" que deixou.

Filipe Vieira manifestou a sua satisfação pela unanimidade na votação da Câmara de Lisboa, um sinal "da sua verdadeira dimensão".

A unanimidade, disse António Costa, reflete o consenso que Eusébio tinha a capacidade de gerar na sociedade portuguesa, que o afirmou "como uma das grandes figuras do século XX português". Motivo de "orgulho" para todos os benfiquistas, Eusébio "é muito mais do que património do Benfica, é património de todo o país e de toda a humanidade que gosta do futebol". A sua dimensão humana, considerou, tornou "menores" as fronteiras do clubismo.

Na presença de familiares, da presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, representantes da Embaixada de Moçambique, do deputado Manuel Alegre, vereadores da Câmara Municipal e do presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, António Costa lembrou que a homenagem a este "grande cidadão do mundo", já havia acontecido ainda em vida e na sua presença. Uma das mais recentes autoescadas do Regimento de Sapadores Bombeiros, foi então batizada com o seu nome.

Para além da qualidade que demonstrou no campo, traduzida nos 638 golos que marcou ao longo da sua carreira, Eusébio foi hoje também recordado - já no "Portugal democrático", como um "exemplo vivo da profunda amizade e irmandade entre os povos de Portugal e Moçambique". Um relacionamento entre "povos irmãos", que, tal como a memória de Eusébio, "perdurará para além de todos os tempos", salientou António Costa.

"… Rematava, e então não era golo, era poema" concluiu o autarca, usando um excerto do poema de Manuel Alegre, que homenageou o futebolista com a leitura do poema de sua autoria "Eusébio".