Direitos Sociais
Educação

Laço azul alerta para os maus tratos na infância

mais de oito centenas e meia de crianças, jovens e adultos de várias escolas de Lisboa, formaram o laço azul humano, à mesma hora em que iniciativas semelhantes decorriam um pouco por todo o país.


A campanha para a Prevenção dos Maus Tratos na Infância, que decorreu durante o mês de abril, promovida pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, encerrou com um enorme laço humano azul nas escadarias da Assembleia da República.

Apesar do calor intenso que se fazia sentir, cerca de 861 crianças de várias escolas de Lisboa, jovens e adultos, formaram o laço azul humano à mesma hora em que um pouco por todo o país, muitos outros laços deram corpo a esse gesto de formar o símbolo desta campanha, que, anualmente, é assinalada em muitos países.

Em Portugal, as CPCJ (Comissões de Proteção de Crianças e Jovens), desenvolvem um intenso trabalho tendo em vista a prevenção e a sensibilização para a questão dos maus tratos físicos e psicológicos.

Ainda neste âmbito, decorreu na Sala do Senado a sessão de encerramento da campanha, presidida por Teresa Caeiro, que contou com a presença de várias entidades ligadas à prevenção dos maus tratos na infância, deputados dos diversos grupos parlamentares e os alunos que estiveram na formação do laço e demais convidados. Destaque para a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, e a presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Rosário Farmhouse.

Na mesma ocasião, foi entregue o Prémio de Jornalismo “Os Direitos da Criança em Notícia”, atribuído pelo Fórum sobre os Direitos das Crianças e dos Jovens, do qual a Comissão Nacional é parceira. Com o apoio da SPA-Sociedade Portuguesa de Autores, este prémio destina-se a reconhecer trabalhos jornalísticos, divulgados em termos nacionais na imprensa, rádio, relevisão e plataformas online, que tenham em conta a promoção e divulgação dos direitos da criança, numa perspetiva crítica, pluralista e inclusiva.

A história do Laço Azul

Em 1989, uma mulher norte americana (Bonnie Finney) amarrou uma fita azul na antena do carro, em homenagem ao seu neto, vítima mortal de maus tratos. Com esse gesto, quis fazer com que as pessoas se questionassem. A repercussão desta iniciativa foi de tal ordem que abril passou a ser o Mês Internacional da Prevenção dos Maus Tratos na Infância.

Segundo a OMS, a violência é um dos mais graves problemas de saúde pública do nosso tempo, quer pela sua dimensão, quer pelas consequências a curto, médio e longo prazo.