Lisboa institui Prémio e Observatório Alcindo Monteiro
As propostas, aprovadas por unanimidade, pretendem distinguir Lisboa “como uma cidade solidária, promotora da igualdade”, desenvolvendo políticas “que contribuam para a não discriminação, promoção dos Direitos Humanos e que promovam a igualdade”.
O Prémio Municipal Alcindo Monteiro deve começar já ano letivo de 2024/2025, para distinguir o melhor projeto/ação no âmbito da temática de combate ao discurso de ódio promovido por escolas na área do Concelho de Lisboa.
Em 2023, de acordo com a proposta subscrita pelos vereadores dos Cidadãos por Lisboa, e aprovada por unanimidade, “os crimes de ódio em Portugal subiram 38%. No total, registaram-se 347 crimes de discriminação e incitamento ao ódio, mais 77 casos do que no ano anterior, segundo dados recolhidos pela Lusa junto da PSP e da GNR”.
É “essencial” combater “firmemente as desigualdades existentes, os crimes racistas e a exclusão social” e, acrescentam, “criar meios de recolher dados objetivos, fiáveis e comparáveis e desenvolver investigação sobre o racismo, a xenofobia e fenómenos associados”.
O Observatório Alcindo Monteiro sobre o Racismo e a Xenofobia na Cidade de Lisboa, deverá englobar técnicos da Câmara Municipal de Lisboa e Associações e Coletivos da sociedade civil. Anualmente, o grupo deverá apresentar um relatório anual, e apresentar políticas públicas a serem implementadas pela Câmara Municipal de Lisboa.
Alcindo nasceu em 1967, em Cabo Verde – na época, uma colónia portuguesa.
Na noite de 10 de junho de 1995, foi assassinado em Lisboa, num crime violento e racista. Tinha 27 anos.