Mais casas em Lisboa para vítimas de maus tratos
A Câmara Municipal de Lisboa celebrou novos acordos com instituições de acolhimento de vítimas de maus tratos: Associação de mulheres contra a violência; Associação portuguesa de apoio à vítima; Associação ILGA Portugal; União de mulheres alternativa e resposta; Casa Qui.
Os acordos foram assinados a 21 de fevereiro, nos Paços do Concelho, pelos vereadores da Habitação e Desenvolvimento Local, Paula Marques, e dos Direitos Sociais, Manuel Grilo, e representantes das entidades que vão gerir a bolsa de casas disponibilizadas pelo município.
Esta bolsa de habitação da autarquia – para grupos com vulnerabilidades específicas – foi criada em 2012, para prevenção e combate à violência doméstica, bem como proteção das vítimas.
Destinada inicialmente a mulheres, o número de casas foi recentemente aumentado com mais 28 habitações, passando a incluir outras situações de violência e discriminação de género.
Grandes centros urbanos registam maior número de vítimas mortais
A violência doméstica é o crime que mais mata em Portugal.
O local mais perigoso para estas vítimas continua a ser a casa, lembra a autarquia, onde são sujeitas a violência extrema. Nos últimos 15 anos, foram assassinadas 500 pessoas em Portugal, em contexto de violência doméstica, na sua maioria mulheres.
É nos grandes centros urbanos que se regista o maior número de vítimas mortais neste contexto, com Lisboa a apresentar 7 femicídios e 5 tentativas.