Mário Dionísio dá nome a rua

A Rua Mário Dionísio foi inaugurada dia 26 de outubro, na freguesia do Lumiar


Lisboa homenageia Mário Dionísio, com nome de rua, na freguesia do Lumiar, no dia 26 de outubro, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, o presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, Pedro Delgado Alves e familiares.

Na cerimónia Fernando Medina, enalteceu as qualidades de Mário Dionísio enquanto escritor, “um grande lisboeta que dedicou a sua vida ao ensino e à pintura mas também à política no seu estilo próprio, sempre com uma elevação e uma qualidade superior”. 

O autarca lembrou ainda que, mais de duas décadas após a sua morte, Mário Dionísio continua a ser recordado como o “mestre que ensinou os portugueses a ler e a viver, tendo sido ainda um grande combatente contra o fascismo durante o estado novo e contra os desvios impostos pela burocratização do 25 de Abril”.

Pedro Delgado Alves, presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, mostrou-se satisfeito pela memória feita ao escritor, com a placa toponímica na sua freguesia,” no ano do centenário de Mário Dionísio, ano em que comemoramos e evocamos a sua memória”. 

Eduarda Dionísio, filha do escritor, proferiu algumas palavras dedicadas do pai, ressalvando que estava presente em nome da Casa da Achada - Centro Mário Dionísio, fundada em 2008, na Mouraria por familiares, amigos, alunos, estudiosos. 


Mário Dionísio

Mário Dionísio destacou-se como um dos grandes impulsionadores e inovadores do movimento neorrealista português, na área das letras com a sua poesia de linguagem simples e direta e a sua colaboração em jornais e revistas e na das Artes Plásticas com a sua participação como pintor em várias exposições coletivas e no seu reconhecimento e valorização como crítico de arte.

Mário Dionísio foi também um opositor ativo ao regime salazarista, empenhando-se desde cedo nos pregressos e retrocessos sociais e políticos no seu país, encontrando estes eco na sua produção literária e artística. O seu empenho pessoal na “Revolução dos Cravos” traduziu-se na publicação em órgãos de comunicação antifascistas de textos de cariz ideológico e político.