Procissão de Santo António
A venerada imagem de Santo António - que, não sendo o padroeiro da cidade é, pelo menos, o patrono dos bairros que envolvem a colina do Castelo - saiu da igreja de que é orago ao final da tarde, sendo o seu andor transportado numa viatura do Regimento de Sapadores Bombeiros, com efetivos da Polícia Municipal assegurando a escolta que, com a ajuda de varas, permitiam a passagem da imagem entre as decorações festivas dos arraiais.
O desfile processional, na qual se integravam o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o presidente da Junta de freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, abria com o turifário e a Cruz, entre lanternas. Seguiam-se os acólitos e os membros de diversas confrarias e irmandades dos oragos de diversas igrejas, capelas e ermidas de Lisboa, e os membros professos de várias ordens religiosas. Vinham então as imagens dos diversos santos que se foram incorporando ao longo da Procissão, à passagem pelos templos de que são orago e, naturalmente, a viatura do RSB com a imagem de Santo António. Logo a seguir, a representação da Câmara Municipal de Lisboa e de outras entidades civis, escoltada por elementos da Polícia Municipal, encerrava esta primeira secção do cortejo processional.
A segunda secção, eminentemente religiosa, era composta pelos diáconos, sacerdotes, cónegos do Cabido da Sé, bispos e o Pálio. Finalmente, a banda que marcou o ritmo do andamento compunha a terceira secção, com todo o povo que seguia no encalço da imagem.
A Procissão percorreu grande parte dos bairros da colina do Castelo, maioritariamente artérias de Alfama: passou as Cruzes da Sé até S. João da Praça (incorporando-se então no cortejo a imagem de S. João Baptista), Largos de S. Rafael e de S. Miguel (incorporando-se aqui a imagem do patrono da Igreja de S. Miguel), Rua da regueira, Rua dos Remédios, Largo de Santo Estêvão (incorporação da imagem deste santo), Rua das escolas Gerais, Travessa de S. Tomé, Largo das Portas do Sol, Largo de Santa Luzia (incorporação das imagens de S. Tiago e Santa Luzia), Rua do Limoeiro, Largo de S. Martinho, e Largo da Sé, onde decorreu a celebração litúrgica, com o altar erguido na escadaria desta catedral. Finalmente, a imagem de Santo António recolheu à sua igreja, uns metros abaixo - o único templo lisboeta que, com todo o seu simbolismo, é propriedade da autarquia.