A "cidade dos 15 minutos" pensada por quem a vive
A sessão inaugural, a 25 de março, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, contou com a presença das embaixadoras da primeira edição do CC, que desafiaram os presentes: “aproveitem para transformar os desafios em oportunidades”.
“Todos somos guardiões do espaço público”, afirmaram, no sentido de “tornar o cidadão, o munícipe, num agente urbano (…) idealizando projetos que valorizem a cidade.”
Esta é “uma forma de política feita com as pessoas”, salientou Carlos Moedas. “As pessoas sabem melhor do que nós, políticos, o que querem e o que precisam na sua cidade”, disse o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, deixando uma garantia: “não vai haver interferência política, o que é importante é que daqui saiam ideias”.
Um novo modelo de aprendizagem
Ao contrário da primeira edição, que contou com especialistas externos para contribuir com diferentes perspetivas sobre o tema, nesta segunda edição o modelo de aprendizagem dos participantes é diferente.
Considera-se que os especialistas são os próprios cidadãos, e que a sua experiência de utilização dos serviços e equipamentos da cidade no quotidiano é a principal fonte de informação e de conhecimento. Nesse sentido, e com base na avaliação feita pelos participantes da primeira edição, não foram convidados especialistas externos para esta segunda edição.
A aprendizagem será feita através de sessões de perguntas e respostas, em que os cidadãos interagem diretamente com os serviços municipais. Estarão representadas 12 áreas diferentes, que vão da mobilidade e acessibilidade à segurança, passando pelo espaço público, espaços verdes, cultura, educação, comércio, saúde ou desporto.
A agenda de trabalho
Ao longo do primeiro dia de trabalhos, os participantes realizaram um diagnóstico da situação atual e identificaram os principais desafios no acesso aos serviços e equipamentos da cidade, usando como base a sua experiência pessoal enquanto munícipes e a referência dos 15 minutos de distância.
No segundo dia, no próximo 1 de abril, os cidadãos são convidados a idealizar e aprofundar soluções práticas para responder aos desafios identificados. Essas ideias darão lugar a propostas, que serão apresentadas e discutidas pelos próprios com o presidente da CML.