Área Metropolitana prepara estratégia para pessoas em situação de sem-abrigo

No final da reunião, os autarcas destacaram o consenso sobre a importância da cooperação entre os municípios da AML, assinalando três propostas concretas: criação de uma task force, reunir com o governo e a preparação de uma resposta conjunta para estes problemas. O encontro reuniu, nos Paços do Concelho de Lisboa, autarcas do Barreiro, Cascais, Lisboa, Oeiras, e representantes dos municípios de Almada e Seixal.

"Os problemas que há num município são também os dos outros municípios”, considera Carlos Moedas, sublinhando a necessidade de estabelecer centros de acolhimento em colaboração com outros municípios e de reunir apoio financeiro a nível europeu e do Estado Central.

Aos jornalistas, o presidente da câmara de Lisboa testemunhou a “gravidade da situação atual”, em que cerca de metade das 10 mil pessoas em situação de sem-abrigo em Portugal estão na Área Metropolitana de Lisboa. “Há um agravamento da situação, apesar dos esforços recentes para disponibilizar mais vagas de acolhimento”, afirmou Carlos Moedas, justificando a necessidade de “abordar o problema de forma abrangente, incluindo medidas para a inserção no mercado de trabalho”.

Em Lisboa, de acordo com a estratégia municipal de resposta à situação de pernoita/permanência em rua, foi aprovado recentemente o Plano Municipal para a Pessoa em Situação de Sem Abrigo (PMPSSA) 2024-2030, que prevê o investimento de cerca de 70 milhões de euros.