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Assembleia Municipal debate o Estado da Cidade

O "escrutínio" da ação do executivo municipal, dominou a reunião da Assembleia Municipal de Lisboa de hoje, no debate anual de 2024, sobre o estado da cidade. “Este é o local próprio para prestar contas aos lisboetas, para mostrar aquilo que fizemos, o que ainda temos para fazer”, afirmou Carlos Moedas.


A Habitação – com a entrega de “mais de duas mil casas” e o apoio a “mais de mil famílias a pagar a renda”, foi o tema de abertura da apresentação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Assinámos, acrescentou, um acordo de 560 milhões de euros com a União Europeia, com o IHRU, e temos um programa com 140 milhões de euros, que a Gebalis investiu para melhorar os bairros municipais.

No Espaço Público, destacou as novas praças de São Sebastião da Pedreira, Sete Rios, Alto São João, Rio Seco, e Gulbenkian, “mais de 30 mil árvores plantadas nestes três anos”, e a repavimentação, com “mais de 60 intervenções em 60 ruas”.

Para responder ao aumento da produção de lixo, a autarquia – “só este ano, entre janeiro e agosto, foram recolhidas mais oito mil toneladas de lixo em Lisboa”, disse Carlos Moedas – reforçou "esta semana, em quatro milhões de euros, a verba destinada às juntas de freguesia”. Em 2022, acrescentou, “contratámos mais 200 pessoas para os serviços de higiene urbana. Estamos a contratar mais 200, são 400”, simultaneamente à aquisição de 79 viaturas, e mais circuitos de recolha de lixo.

Sobre o “Estado Social em Lisboa”, o autarca salientou medidas como o Plano 65+, os cinco centros de saúde construídos, a abertura de duas clínicas que “já asseguram mais de 2 mil consultas”, e as mamografias gratuitas para as lisboetas até aos 50 anos. Para apoiar as pessoas em situação de sem abrigo, a CML está a recuperar o maior centro de acolhimento do país, no Beato, disse, salientando a “resposta imediata e urgente” aos 56 imigrantes que viviam em tendas ao largo da Igreja dos Anjos”.

Na Cultura, Carlos Moedas referiu que Lisboa tem hoje três teatros a funcionar no Parque Mayer, “pela primeira vez desde os anos 90”, a reabertura do MUDE na Baixa, os teatros em cada bairro, ou o Passe Cultura, que permite o acesso gratuito de 25 mil pessoas a equipamentos culturais, ou o apoio às marchas populares. Em maio do próximo ano, revelou, já no final da reunião, o Festival 5L vai realizar-se na Fábrica de Unicórnios, com o apoio da família de José Pinho.

Numa cidade “com mais futuro”, o presidente da CML lembrou o reconhecimento da União Europeia como capital da inovação, e a presença em Lisboa de 15 unicórnios internacionais, “mais de 64 empresas tecnológicas que vieram com essas empresas”, e a criação de 14 mil postos de trabalho.

Lisboa “prepara-se para os efeitos das mudanças climáticas”, com a concretização do Plano Geral de Drenagem. O primeiro túnel, revelou, “já está por baixo da Avenida da Liberdade”, num traçado subterrâneo desde Campolide.

Na Mobilidade, Lisboa tem atualmente 105 mil lisboetas que “usufruem gratuitamente dos transportes públicos”, além das bicicletas Gira gratuitas com o passe Navegante. Com este passe, acrescentou, o estacionamento é gratuito em cinco parques Navegante.

De acordo com o formato do debate, após a apresentação inicial de Carlos Moedas, seguiu-se a intervenção dos grupos e deputados municipais com assento na Assembleia Municipal, e uma intervenção final do presidente da Câmara Municipal de Lisboa.