Câmara aprova voto de pesar pela morte de Nuno Júdice
Poeta, romancista, ensaísta, dramaturgo, crítico literário, tradutor, professor universitário, Nuno Júdice estudou no Liceu Camões, em Lisboa, e licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Entre 1972 e 1977, foi docente do ensino secundário em Lisboa. Desde 1989, era professor da Universidade Nova de Lisboa.
Publicou o primeiro livro de poesia em 1972, por intermédio de Fernando Assis Pacheco. “A Noção de Poema” é um marco importante na poesia portuguesa da segunda metade do século XX. A sua obra completa é constituída por perto de cinquenta títulos de poesia, duas dezenas de livros de ficção, mais de uma dezena de livros de ensaio literário e ainda quatro livros de teatro.
Colaborou em ações de divulgação da cultura portuguesa no estrangeiro, ao desempenhar diversas funções tais como conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris (1997-2004), diretor do Instituto Camões em Paris, comissário da área de literatura da Exposição Universal de Sevilha (1992) e comissário literário da mostra portuguesa na 49ª Feira do Livro de Frankfurt (1997).
Foi membro da redação da revista “O Tempo e o Modo”, entre 1969 e 1974. Dirigiu, entre 1996 e 1999, a revista de poesia Tabacaria, da Casa Fernando Pessoa, e foi diretor da revista Colóquio/Letras desde 2009.
Era curador para a área cultural da Fundação José Saramago, criada em 2008. Recebeu, em Portugal, o grau de Oficial da Ordem de Santiago e Espada e em França o de Officier des Arts et des Lettres.
Nuno Manuel Gonçalves Júdice Glória nasceu na Mexilhoeira Grande (Portimão) a 29 de abril de 1949. Morreu, em Lisboa, a 17 de março de 2024, aos 74 anos.