Cinquenta anos do 25 de Novembro evocados em Lisboa
Na sessão desta tarde nos Paços do Concelho, que assinalou os 50 anos da efeméride, Carlos Moedas prestou homenagem aos militares, aos políticos, ao povo português: “Todos eles deram o seu contributo para um Portugal democrático e livre”.
A “identificação profunda" entre as forças armadas e o povo” – assinalada por Mário Soares uma semana após os acontecimentos –, deveu-se a militares como o tenente-general Tomé Pinto, acrescentou Carlos Moedas. A saudação estendeu-se ao general Rocha Vieira, já falecido, e ao general “e sempre, sempre Presidente" Ramalho Eanes.
“O povo, que soube exigir que fosse respeitada a vontade popular”, acrescentou, numa alusão às declarações de Mário Soares, foi também homenageado por Carlos Moedas, lembrando que, à época, “80% dos portugueses elegeram uma Assembleia Constituinte feita de partidos moderados”.
Cinquenta anos depois, "não nos esquecemos”, vincou o autarca. “O pior que nos podia acontecer seria esquecermo-nos do 25 de Novembro”.
As comemorações começaram de manhã, no Terreiro do Paço, com uma parada militar com os três ramos das Forças Armadas, a passagem de quatro aviões F-16 e uma salva de 21 tiros a partir de um navio no Rio Tejo. Na cerimónia, presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estiveram ainda o presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, os vereadores Diogo Moura e Maria Luisa Aldim, entre outras individualidades, e o tenente-general Alípio Tomé Pinto, presidente da comissão para as comemorações dos 50 anos do 25 de Novembro.