Direitos Sociais

Conferência do EuroPride 2025 junta em Lisboa ativistas dos Direitos Humanos

Começou esta quinta-feira, em Lisboa, a Conferência de Direitos Humanos integrada no EuroPride 2025. O encontro, que termina amanhã, 20 de junho, reúne ativistas, investigadores, líderes comunitários e representantes institucionais de vários países europeus para debater questões ligadas à igualdade e aos direitos das pessoas LGBTQIA+.


A conferência inclui sessões sobre inclusão da comunidade trans, desinformação, saúde mental, migração, direitos laborais, ativismo em contextos repressivos, financiamento das organizações pride, turismo e desporto. Entre os temas abordados no primeiro dia, destaque para a necessidade de se garantir espaços seguros e políticas públicas que promovam a igualdade.

Na sessão de abertura, José Marquina, presidente da Associação Variações, afirmou que “os direitos das pessoas LGBT são direitos humanos” e sublinhou a urgência de “levantar a voz, ocupar espaços e exigir políticas públicas que protejam e incluam”. De acordo com o responsável, “a igualdade não pode ser uma promessa adiada, tem de ser uma realidade vivida”.

Luís Loureiro de Amorim, chefe adjunto da representação da Comissão Europeia em Portugal, recordou que, “há cinco anos, a Comissão Europeia lançou a sua primeira estratégia para os direitos das pessoas LGBTIQ+” e apelou à participação pública na definição da futura estratégia. Luís Amorim sublinhou, ainda, que “a igualdade é fundamental para a prosperidade da União Europeia”.

Numa das mesas-redondas dedicadas à comunidade trans foram relatados casos de perseguição e obstáculos legais à autodeterminação de género, com especial incidência em países onde a mudança de sexo não é reconhecida. Também foi abordada a violência dirigida às mulheres e o impacto negativo da exclusão social na saúde mental das minorias.

A conferência, na capital portuguesa, reuniu ativistas, investigadores e representantes de instituições públicas de vários países da Europa.