Devolvida à natureza mais uma águia reabilitada no LxCRAS

A águia foi encontrada junto ao ninho, pelos Vigilantes da Natureza do ICNF, debilitada e sem capacidade de voo compatível com a idade. À chegada ao LxCRAS não apresentava ferimentos, mas encontrava-se enfraquecida. Após estabilização clínica e exames complementares, foi diagnosticada uma situação de toxicose. Seguiu-se um período de recuperação que incluiu treino em túnel de voo, para reforço da condição muscular, exercício de voo e aprendizagem de reconhecimento e captura autónoma de alimento. Decorridos cerca de três meses, a ave apresentou um voo forte e dinâmico, reunindo as condições para regressar ao meio natural.

No âmbito das ações de monitorização e conservação, a águia foi equipada antes da libertação com um emissor GPS/GSMA, aplicado por técnicos credenciados do ICNF. O dispositivo, fixado como uma “mochila” leve e segura, não condiciona os movimentos e deverá permanecer ativo durante quatro a cinco anos, soltando-se naturalmente.

Nas primeiras semanas após a devolução à natureza, equipas do ICNF acompanharão no terreno a adaptação do animal. Em homenagem ao LxCRAS, a ave foi batizada de “Monsanto”, gesto simbólico de reconhecimento pelo trabalho das equipas envolvidas.

Residente em Portugal e classificada como vulnerável, a águia de Bonelli distribui-se sobretudo pelo interior e sul do país, preferindo áreas mediterrânicas tranquilas para nidificação e zonas abertas com disponibilidade de alimento. Na região da Grande Lisboa e Oeste, existem cerca de 16 casais reprodutores, monitorizados no âmbito do projeto LxAquila.