Encontro anual do Programa C40 debate em Lisboa a pobreza energética
No painel de encerramento dedicado à “pobreza energética e transição energética justa a nível local”, Carlos Moedas lembrou que Portugal é, na Europa, “o país onde esse nível de pobreza é o mais elevado. E estamos a falar de uma pobreza energética que é estrutural, de certa forma”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML). “Historicamente, a pobreza energética está relacionada com edifícios, com a construção, entre outras coisas, mas principalmente com a construção”, acrescentou.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, a pobreza energética afeta mais de 400 mil pessoas em Portugal, com problemas estruturais; falta de infraestruturas; falta de salubridade e falta de conforto.
Para enfrentar “um dos maiores problemas de habitação na Europa”, a CML assinou “com a União Europeia um acordo de 560 milhões de euros”. Esta é “uma enorme responsabilidade”, numa cidade onde “mais de 10% das pessoas de Lisboa vivem em habitação municipal”.
Agora, salientou, “tudo é feito de acordo com todas as normas de eficiência energética. Assim, as pessoas podem ter habitação, são pessoas vulneráveis, mas não precisam ter medo ou pensar que o seu edifício não é eficiente”.
Lisboa integra, desde 2019, a rede C40 , com quase 100 autarcas das principais cidades do mundo, unidos “para enfrentar a crise climática”.