Está concluído o primeiro túnel do Plano Geral de Drenagem
A conclusão do túnel é um marco nesta obra “essencial" para o futuro de Lisboa, afirmou Carlos Moedas, e vai “proteger a cidade de cheias, inundações cada vez mais frequentes”, mas vai também “permitir reaproveitar a água para regar jardins, lavar ruas, e combater incêndios”, com recurso a um reservatório de 17 000 m3.
Hoje, Lisboa gasta por ano 2,8 milhões de m3 de água potável, “para uso que muitas vezes não é para beber não é paras as pessoas, é para lavar as ruas, e isso não faz sentido", acrescentou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML).
O PGDL é “a maior obra europeia na luta contra as alterações climáticas”, disse. Apesar dos “transtornos no dia-a-dia, com condicionamentos, ruído e mudanças no trânsito”, os incómodos de hoje “vão traduzir-se em benefícios para a cidade no futuro. Obrigado a todos os lisboetas pela paciência e pela compreensão", concluiu o presidente da CML.
A visita ao estaleiro de Santa Apolónia, que assinala a conclusão da escavação do túnel, contou com a presença de Jessica Roswall, Comissária Europeia do Ambiente, Resiliência Hídrica e Economia Circular Competitiva, Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, Filipa Roseta, vereadora das Obras Municipais, e do antigo presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, que, “há 20 anos idealizou e pensou a obra” do PGDL, salientou Carlos Moedas.
O PGDL é um documento estratégico municipal na área do Saneamento, que visa proteger Lisboa das cheias e inundações associadas a fenómenos extremos de precipitação, preparando-a para os desafios do futuro. A última versão refere-se ao período de execução 2016-2030, e contempla a melhoria do conhecimento, reforço e reabilitação da rede de saneamento; construção de bacias de retenção, e dois grandes túneis de drenagem para transvase de bacias.