Fernando Corrêa dos Santos distinguido com medalha de Mérito Cultural
“Ainda não tirei a foto da minha vida.” Aos 91 anos, Corrêa dos Santos é reconhecido como uma das figuras mais marcantes do fotojornalismo nacional.
Natural de Lisboa, iniciou-se na fotografia aos 13 anos e construiu uma carreira com mais de sete décadas, captando alguns dos momentos mais emblemáticos da história portuguesa contemporânea. Entre os inúmeros episódios registados pela sua objetiva destacam-se a visita da rainha Isabel II a Portugal, em 1957, o incêndio do Chiado em 1988, e a revolução do 25 de Abril de 1974.
Na cerimónia, Carlos Moedas referiu-se a Corrêa dos Santos como “um poeta da imagem”, sublinhando o papel do fotógrafo como “cronista visual da cidade” e “guardião das nossas memórias coletivas”. Para o autarca, a distinção representa o reconhecimento de “uma vida inteira de devoção à fotografia, à cidade e à cultura”.
Na sua intervenção, Fernando Corrêa dos Santos recordou os primeiros passos na profissão, o percurso em jornais como o Diário Popular e as inúmeras figuras que fotografou ao longo dos anos.
Ao longo da carreira, o fotojornalista foi distinguido com diversos prémios, entre os quais o Prémio Gazeta e o Prémio do Clube Português de Imprensa. Em 2015, publicou o livro Portugal da década de 50 aos dias de hoje, onde reúne algumas das suas imagens mais emblemáticas.
A Medalha Municipal de Mérito Cultural é atribuída a personalidades que se destacam pelo contributo excecional na valorização da cultura lisboeta e nacional.