Homenagem em Lisboa ao primeiro campeão olímpico português
A apresentação de dois livros sobre o antigo atleta: “Carlos Lopes - Lenda Nunca Assim Contada”, de António Simões, e “Carlos Lopes - Provas, Recordes e Medalhas”, de Rogério Azevedo, marcou a iniciativa, promovida pelo Comité Olímpico de Portugal, representado pelo seu presidente, Artur Lopes.
O objetivo, explicou o homenageado, "era dar a conhecer às pessoas a minha história. Achei que valia a pena”.
No pavilhão com o nome do campeão olímpico estiveram familiares e amigos, entre os quais o antigo Presidente da República, Ramalho Eanes, que quiseram mostrar a sua admiração por esta figura ímpar do desporto nacional, o primeiro atleta a conquistar uma medalha de ouro para Portugal, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, a 12 de agosto de 1984.
O momento da entrega da medalha foi recordado através de uma gravação televisiva, assim como alguns episódios da carreira do campeão olímpico.
Carlos Lopes é um "nome incontornável" no desporto português, que marcou uma geração. A determinação e a humildade, afirmou, fazem do antigo atleta um “retrato fiel do que significa ser português”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
A sua vitória, salientou, "fez-nos sonhar, acreditar", dando novos mundos ao desporto português, novos horizontes aos jovens, sublinhou Carlos Moedas.
Carlos Lopes foi um dos atletas portugueses mais premiados de sempre: medalha de prata nos 10 000 m em Montreal, 1976. Oito anos mais tarde, conquistou a medalha de ouro na maratona de Los Angeles.
No Parque Eduardo VII, em Lisboa, o antigo Pavilhão dos Desportos foi remodelado e reaberto em 2017, com o nome do primeiro campeão olímpico. Foi espaço para competições desportivas (incluindo a primeira participação de Portugal num Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, que a equipa das quinas ganhou, em 1947), para espetáculos de teatro, de cinema, de dança, das Marchas Populares, para eventos políticos, etc.
