Lisboa reitera compromisso com a neutralidade climática no Dia da Europa
A cidade "é o maior instrumento de mudança climática”, salientou Carlos Moedas. O presidente da Câmara de Lisboa falava na sessão de abertura do encontro, numa intervenção sobre a importância das Missões para a transição climática de Lisboa.
"Como é que nós, câmaras municipais, vamos transformar esta mensagem, em medidas muito concretas que não criem fricção na sociedade?”, questionou o autarca. A solução para conseguir uma transição climática, adiantou, passa por não criar "fricção na sociedade".
Lisboa, lembrou, aprovou no ano passado os transportes públicos gratuitos para os estudantes residentes dos 18 aos 23 anos, e residentes com menos de 18 e mais de 65 anos. A medida, aprovada por unanimidade em reunião de câmara, tem custo total anual de cerca de 14,9 milhões de euros e é mais um instrumento de "combate às mudanças climáticas".
O encontro teve a participação de representantes de cidades espanholas que "já desenvolveram os seus contratos climáticos, e que de forma generosa vieram aqui partilhar connosco as suas experiências", sublinhou a diretora municipal do Ambiente, Catarina Freitas.
Este modelo que a Europa estabeleceu para as Cidades Missão – os chamados Contratos Climáticos – "vai obrigar-nos a evoluir nesse sentido", concluiu.
O workshop "Desafio Europeu para a Neutralidade Climática em 2030: o papel das cidades", foi organizado pela Câmara de Lisboa, Lisboa E-Nova e NetZeroCities, a 9 de maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.