Depois da atuação da banda do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, com temas como "E depois do Adeus" – a senha que assinalou o arranque da operação militar contra o regime – , "Venham mais Cinco", e "A Life on the Ocean Wave", que passou a ser conhecida como o Hino do Movimento das Forças Armadas, foram projetados filmes amadores alusivos à data, seguindo-se as intervenções dos deputados municipais, do presidente da Câmara Municipal, e da presidente da Assembleia Municipal, que encerrou a sessão.

A liberdade é "um bem que tem de ser permanentemente protegido, cultivado e nutrido", afirmou Carlos Moedas, "algo que exige um esforço constante para se manter: e esse esforço é o de manter a cor da liberdade sempre viva". 

Foi o 25 de Abril "que mostrou a todos essa cor da liberdade", salientou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na sessão solene na sede da Assembleia Municipal, a "casa de Abril", como sublinhou, onde "não há visões fechadas, não há sensibilidades estreitas, não há opiniões sem contraditório".

Recordando Jaime Gama, para quem o espírito de Abril é "suficientemente englobador para não se contentar com proprietários exclusivos", Carlos Moedas vincou que "é essa a lição daquele dia há 50 anos: Abril não tem donos".

O 25 de Abril ”abriu uma janela de oportunidade para todos os portugueses, mas em particular para as mulheres”, começou por assinalar Rosário Farnmhouse, que “eram penalizadas pela repressão do regime, pela cultura misógina e machista”.

“Estou profundamente grata aos capitães de Abril, que abriram as portas da Liberdade”, e “a todos os que lutaram pela democracia, antes e depois do 25 de Abril”. 
Nenhuma data, acrescentou, “é tão importante para o nosso povo” como a que hoje assinalamos, acrescentou, citando o estudo do ISCTE “Os portugueses e o 25 de Abril”.

Ainda integrado nas celebrações da AML, no dia 25, às 19 horas, no Fórum Lisboa, será exibido o filme de Maria de Medeiros, “Capitães de Abril”.