MUDE requalificado reabre portas oito anos depois
Na reabertura, "O Edifício em Exposição" e o lançamento do livro “Edifício MUDE - Transformações na perspetiva do design”, assinalam o retomar da programação cultural, no edifício da baixa pombalina do início do século XVIII.
Durante os oito anos de encerramento, o MUDE manteve a sua atividade com exposições "fora de portas". Com a reabertura, o museu apresenta novas valências, espaços sem barreiras para visitantes com mobilidade condicionada, elevadores e rampas.
“Aproveitar e recuperar os materiais existentes”, foi uma das preocupações, assinalou Carlos Moedas. “Recuperar e restaurar a maior parte das estruturas e investimentos. Menos betão, mais imaginação, mais sustentabilidade”.
Para o presidente da CML, o museu é “uma viagem entre o passado e o futuro, entre o mundo físico e o mundo digital, e sobretudo entre a sustentabilidade e a inclusão”, e acrescenta: “ao fazer destas ruínas património, cruzando as heranças do seu passado com o design contemporâneo, fizemos esta fusão entre inovação e cultura. Esta montra de talentos do design português, mas também do design do mundo. Esta inclusão que vemos em cada detalhe", concluiu Carlos Moedas.
Todas as exposições, informa o MUDE, “dispõem de informação em sistema braille”, e a biblioteca e arquivo de documentação estão já disponíveis aos especialistas, estudantes e público geral, bem como a auditório, loja e serviços educativos.
No final de setembro, a cafetaria, o restaurante e a livraria iniciam a sua atividade.
Inaugurado em 2009, o MUDE recebeu, até ao encerramento, em 2017, perto dois milhões de visitantes. Tem, atualmente, cerca de 17 000 peças e, destas, 1 362 integradas na “Coleção Francisco Capelo”, comprada ao colecionador pelo município, em 2002.
Com o Passe Cultura, a entrada em mais de 40 espaços culturais de Lisboa é gratuita, para os residentes até aos 23 anos e com mais de 65 anos (inclusive).
