Murais de Almada Negreiros em novo polo turístico e cultural
O projeto resulta de uma parceria entre o Porto de Lisboa e a Associação de Turismo de Lisboa (ATL), e vai permitir a “inclusão das gares marítimas e dos murais bem como o Centro Interpretativo, no eixo cultural, e também turístico, Alcântara-Belém”, a par de museus e monumentos como o Museu do Oriente, o MAAT, Museu Nacional do Coches, Jerónimos, Torre de Belém, entre outros.
Para a ATL, este pretende “ser um polo turístico e cultural que contribuirá para uma melhor compreensão do século XX em Portugal e para um incremento da oferta turística na cidade de Lisboa”.
Na cerimónia de apresentação do centro interpretativo, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, lembrou o espírito “inovador” do "artista que viu para além do seu tempo. Que lançou a revista literária Orpheu, que iria fazer do país aquele que estava na vanguarda cultural da Europa".
É isso “que nós temos de voltar a ter em Lisboa, essa vanguarda cultural da Europa”. Almada Negreiros, sublinhou, “foi quem, contra muitos, procurou novas formas de fazer arte, de escrever e de pensar”.
A intervenção de restauro e de conservação dos murais está já em curso na Gare da Rocha Conde d Óbidos, com o apoio do Word Monumentes Fund, seguindo-se os edifícios das gares, que deverão abrir no início do próximo ano, com “uma abordagem que se pretende interativa”, e “concede o acesso exclusivo inserido na visita às pinturas murais de Almada Negreiros”.