Cultura

Restauro devolve à História obras de Bento Coelho da Silveira

As telas restauradas do pintor Bento Coelho da Silveira, um dos grandes nomes do barroco português, foram apresentadas hoje, 10 abril, na Igreja de São Cristóvão, uma das poucas igrejas lisboetas que resistiram ao terramoto de 1755.


No coração da Mouraria, a Igreja de São Cristóvão apresenta as 35 telas do pintor Bento Coelho da Silveira (1617-1708) recentemente restauradas com o apoio da CM Lisboa . Estas obras, representativas da iconografia barroca do final do século XVII, retratam diversas cenas sacras e fazem parte de um dos conjuntos pictóricos mais notáveis da cidade.

Entre elas, sobressai a emblemática “Última Ceia”, a tela que esteve desaparecida por mais de meio século e que foi encontrada em 2014, atrás do altar-mor. A exposição prolongada à humidade causou-lhe danos significativos, agora revertidos graças ao seu trabalho de restauro.

Durante a apresentação, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, sublinhou o valor simbólico da recuperação destas obras: “Cuidar das instituições é cuidar daquilo que são os nossos valores, e esses valores, são os valores da nossa cidade. Quando olhamos para o património que está aqui, e para aquilo que foi dedicado a Bento Coelho da Silveira, aquilo que ele representou, aquilo que tantos outros representaram, percebemos que esta igreja – que milagrosamente resistiu ao terramoto – representa um dever nosso: o dever de preservar este património.”