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Lisboa dá a conhecer o antigo Teatro de Felicitas Iulia Olisipo

Os teatros eram os sítios mais democráticos das cidades romanas. Neles entravam toda a população, ricos e pobres, escravos e cidadãos. Foi esta democratização do acesso ao teatro que transformou estes edifícios em ícones do Império Romano, de que é exemplo o Teatro de Olisipo, construído há 2000 anos na encosta do Castelo e com uma capacidade para cerca de 4000 espectadores.

O Teatro Romano foi um dos primeiros edifícios a ser erigido na nova cidade romana de Felicitas Iulia Olisipo (Lisboa), designação dada pelo Imperador Augusto à povoação que se elevava junto ao Rio Tagus (Tejo). Símbolo do poder de Roma e marca penetrante da romanização, o Teatro de Olisipo, construído no cimo de um colina - a meio encosta da colina do Castelo de S. Jorge - era o edifício mais marcante da paisagem urbana da cidade enobrecida pelos romanos, reconhecido assim pela população residente e por aquela que chegava pelo rio.

Museu de Lisboa - Teatro Romano

Localizado na zona histórica da cidade, o Museu de Lisboa destaca um dos seus núcleos para revelar o que foi um dos monumentos mais importantes de Olisipo: o Teatro Romano. O espaço dedicado ao teatro encontra-se instalado em dois edifícios de distintas épocas, um setecentista e outro dos finais do séc. XIX. 

Em 1964 são iniciados trabalhos de escavação por dois conhecidos olisipógrafos. Após política de compra dos edifícios sobrepostos ao monumento, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, iniciam-se novas intervenções. Entre 1989 e 1993, resultado das novas intervenções, nascem novas descobertas e novos elementos estruturantes cujos vestígios podem ser observados no local e fazem parte do circuito da visita atual.

A construção dos edifícios foi recuperada e adaptada para a instalação do anterior Museu do Teatro Romano, inaugurado em finais de 2001. No decorrer desse ano, aconteceram novas campanhas arqueológicas que levaram à descoberta de um dos elementos estruturantes mais importantes do edifício cénico: o muro de suporte da fachada cénica e de contenção da encosta que levaram à criação do museu dedicado ao monumento.

Após total remodelação museográfica e melhoria das condições de acessibilidade e de conforto, o Museu de Lisboa – Teatro Romano abre ao público a 30 de setembro de 2015. Um espaço cultural onde é possível admirar um vasto conjunto de documentos, diversos materiais e instrumentos de épocas distintas, recolhidos ao longo das campanhas arqueológicas, como materiais cerâmicos da Idade do Ferro, peças da Época Medieval, prumos de bronze usados na construção do edifício, bases, fustes e capitéis, alfinetes e diversos adornos.

O Teatro foi descoberto pela primeira vez em 1798 quando se procedia à reconstrução da cidade após o grande terramoto de 1755.  Abandonado e soterrado foi “redescoberto” já no séc. XX.

As Ruínas do Teatro Romano de Lisboa estão em vias de se tornar Monumento Nacional. O processo de reclassificação do espaço, que desde 1967 é considerado Imóvel de Interesse Público, já foi iniciado.

Em breve pode ser classificado como um bem com valor cultural de significado para a Nação.

“O público que visita o museu é muito variado e visitam-nos repetidas vezes pela programação específica que oferecemos. 

Valorizar este património, estudá-lo e dá-lo a conhecer a todos é o nosso objetivo profissional, mas também pessoal.”

Lídia Fernandes, Coordenadora do Museu de Lisboa - Teatro Romano

Um Templo com 2000 anos de história

Teatro Romano


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Maio / 2020