Novos oficiais e agentes reforçam a Polícia Municipal de Lisboa

Este reforço deve-se à recente incorporação de 3 oficiais e 22 agentes na prevenção e fiscalização rodoviária, de estabelecimentos abertos ao público, mercados e feiras.

Quem reside ou passeia por Lisboa certamente que já registou uma maior presença da Polícia Municipal nas ruas. Seja nos cruzamentos com polícias regularizadores de trânsito, em viaturas ou motas em patrulha, em grandes eventos na gestão do trânsito ou na remoção de veículos.

Fomos acompanhar os novos agentes nos seus primeiros dias de reconhecimento à cidade.

Em Lisboa, numa zona residencial, situado no número 46 da Rua Alexandre Herculano, encontra-se discretamente localizado o Centro de Coordenação da Mobilidade (CCM). Este centro é fundamental para a garantia de condições de mobilidade seguras na cidade, tanto para peões como para veículos.

Durante o turno da noite, antes da chegada dos novos elementos, agentes da Polícia Municipal já se encontram no CCM a gerir as ocorrências que chegam ao centro. O espaço está perfeitamente organizado, pronto para responder a chamadas a qualquer momento, bem como para monitorizar as situações ocorridas através dos ecrãs que cobrem a sala.

Às 22h30, os 25 novos elementos da PML chegam ao CCM, acompanhados pelo Subintendente Costa Fonte. São recebidos pelo Comissário Nelson Casteloa, que os instrui sobre o funcionamento da central. Alinhados e atentos, os novos elementos absorvem cada detalhe das instruções.

O principal objetivo é identificar as ocorrências que chegam à central e determinar os recursos necessários para resolver cada situação.

Se forem viaturas a impedir, será eventualmente um reboque; para os estabelecimentos noturnos que estejam a funcionar de forma indevida, enviamos uma brigada de fiscalização; se for uma ocorrência fora do nosso âmbito, por exemplo um crime, encaminhamos a chamada para a PSP, explica o Comissário Casteloa.

Com tudo devidamente definido e registado, a porta do Centro de Coordenação da Mobilidade abre-se para uma nova missão: fiscalizar a zona do Bairro Alto.

Seguimos no carro da Polícia Municipal para nos encontrarmos com a Comissário Ana Paula Cadete, que nos vai explicar o trabalho feito num dos locais mais movimentados da cidade. 

Lisboa mais segura

A segurança é o maior ativo de uma cidade e reforçá-la é uma prioridade

Os 25 novos elementos da PML vão estar alocados às áreas do trânsito, da mobilidade e da fiscalização, como nos esclareceu o Subintendente Costa Fonte:

 Estes 25 elementos são 25 vantagens para a Polícia Municipal e para o município de Lisboa. Este reforço permite mais polícias nas ruas, uma maior ajuda aos cidadãos, aos residentes e até mesmo a quem visita a cidade todos os dias. Com este reforço vamos ter capacidade para responder mais rápido e estarmos mais próximos dos problemas.

Para que cada um se sinta preparado para as novas funções, foi devidamente organizado um acolhimento, com o objetivo de preparar estes polícias a prestarem da melhor forma possível o seu serviço

 São polícias que já têm alguma experiência. Todos eles vêm da segurança pública. Este acolhimento é muito importante para conhecerem os recursos disponíveis e qual a sua missão, de forma a estarem integrados e preparados para responderem a este desafio.

Missão no Bairro Alto: garantir a ordem e segurança

Durante o dia, o tráfego automóvel e o barulho da rua disfarçam algumas fontes de ruído. No entanto, é à noite, quando a cidade adormece, que os problemas surgem

Já passa da meia-noite. A carrinha branca e verde da Polícia Municipal chega à Rua Luísa Todi. À medida que vão descendo as escadas do autocarro, os novos elementos da PML alinham-se para ouvirem as orientações da Comissário Cadete. É sexta-feira e centenas de pessoas percorrem as ruas, em direção aos bares e estabelecimentos noturnos.

Da Rua Luísa Todi seguem para as ruas estreitas do Bairro Alto. Ao descer, os três oficiais e os 22 agentes separam-se em dois grupos para fiscalizar os estabelecimentos de venda ao público.

Um dos grupos é acompanhado pela Comissário. Juntos, entram em diversos bares, de forma a verificar se está tudo de acordo com o regulamento. Observam o ambiente à sua volta, enquanto a Comissário Cadete coloca questões sobre como devem atuar em cada situação.

No Bairro Alto temos a missão de fecharmos os bares à hora certa. Existem vários horários para os estabelecimentos e, por isso, tentamos garantir que encerram dentro do horário regulamentar. Para além do encerramento dos bares, tentamos combater a venda ambulante que, por vezes, ocorre aqui. E, claro, fiscalizar os estabelecimentos, explica a Comissário.

Das bancas dos feirantes à fiscalização na Feira do Relógio

É domingo. Os novos elementos estão prontos para o último dia de acolhimento. Da noite passaram para o dia. E, desta vez, todos os caminhos foram dar à Feira do Relógio

A montagem do mercado, um dos maiores da cidade, que se realiza todos os domingos na Avenida de Santo Condestável, começa de madrugada, sob o olhar atento de fiscais da Câmara Municipal de Lisboa e da Polícia Municipal.

São 9h30 e as bancas dos feirantes já estão repletas de roupa, sapatos, ferramentas, eletrodomésticos, móveis, carteiras… tudo e “mais um par de botas”.

Após o encerramento do período em que os feirantes entram dentro da feira prosseguimos para a fiscalização interior. Isto é, vamos verificar se cada um está a ocupar o seu devido lugar, de forma a evitar que haja vendedores ilegais na feira, clarifica o Comissário Gil.

Para poder comercializar produtos na feira é preciso ter licença de venda ocasional. Sem a mesma, não é permitido vender dentro ou fora do recinto. Ao fazer a ronda, as equipas apercebem-se que há quem esteja a vender fora do espaço.

Dois elementos da Polícia Municipal, um de cada lado, carregam uma cesta verde com vários materiais ilegais: auriculares, baterias portáteis, smartwatches, etc: 

Acabamos de detetar um feirante a vender produtos fora do perímetro da feira. Abordamos, apreendemos os produtos e, neste momento, estamos a elaborar o auto de apreensão e depois o auto de contraordenação pela infração que cometeu, explica o Comissário.

Após a ocorrência, os novos elementos estão atentos a tudo. O Agente Principal Rui Álvaro é quem explica como se deve proceder nestas situações:

Nós aqui (na feira) levantamos o auto de contraordenação e o processo é organizado pela junta de freguesia, neste caso a de Marvila. Se fosse no interior da feira, o processo seria organizado pela Câmara Municipal de Lisboa.

Este acolhimento tem como principal

integrar estes novos elementos. E a melhor maneira de os integrarmos é no terreno. No terreno conseguem observar este tipo de situações e, ao mesmo tempo, aprender com os elementos que já estão aqui há mais tempo para, no futuro, saberem executar o serviço que lhes for atribuído, diz o Comissário Gil.

Para a Agente Principal Fátima Barreto, o acolhimento

tem sido fantástico. Temos sido acolhidos por pessoas e como pessoas, obviamente que estamos na condição de profissionais, mas é intrínseco a parte pessoal.

Quem andar na rua muito provavelmente vai cruzar-se com a Agente Principal Fátima:

 A minha função vai ser no trânsito. Vamos verificar a nível de ordenamento de trânsito e ajudar a nível de mobilidade na cidade de Lisboa, para que tudo flua mais facilmente.

Última paragem: Comando da Polícia Municipal de Lisboa

Às 11h30 da manhã, o Comando da Polícia Municipal de Lisboa foi palco da última fase do acolhimento destes 25 novos elementos

Enquanto aguardam a chegada do Subintendente Costa Fonte, os elementos trocam impressões sobre a experiência vivida ao longo deste período de integração.

Ao sinal de sentido, todos se levantam das cadeiras verdes que contrastavam com a brancura da sala, adotando uma postura de respeito para ouvir as palavras finais do Subintendente.

No discurso, o Subintendente Costa Fonte destaca a relevância do acolhimento, considerando-o fundamental para o desempenho eficaz das futuras funções:

Este acolhimento teve como objetivo preparar-vos melhor para aquilo que vão ser as vossas competências, na prevenção e fiscalização rodoviária, de estabelecimentos abertos ao público, mercados e feiras.

Com estas palavras, o Subintendente não só reforça a importância do compromisso e da responsabilidade que cada um deve assumir, mas também sublinha o contínuo processo de aprendizagem que acompanha a prática policial:

A principal missão é contribuir para a qualidade de vida do cidadão.

Os 25 novos elementos, agora oficialmente parte da Polícia Municipal de Lisboa, saíram do Comando cientes dos desafios que os esperam e prontos para iniciar a próxima fase do seu percurso profissional, determinados a cumprir com excelência a missão de servir e proteger a comunidade lisboeta.

Centro de Coordenação de Mobilidade

Em 2023 foram recebidas e atendidas 97.419, sendo que as ocorrências mais frequentes dizem respeito ao reboque de viaturas [16.960], ruído  [2.523] e fiscalização de obras [1.383].

 

Distribuição por dia da semana e hora do dia

A PML tem registado, neste ano, um pico de chamadas de ocorrências no horário entre as 08h00 e as 20h00. Já em 2023, o maior pico de chamadas foi às sextas-feiras, no horário entre as 08h00 e as 10h00.

Junho / 2024