Demolições dão lugar a casas municipais de nova geração

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, assistiu no dia 15 de setembro às operações da primeira fase de demolições de casas de alvenaria na freguesia de Benfica, que darão lugar a novas habitações no Bairro da Boavista.


Arrancou a primeira fase de demolições de casas de alvenaria no bairro da Boavista que irão dar lugar a cinquenta casas de nova geração, na freguesia de Benfica. O presidente da autarquia, Fernando Medina, a vereadora do pelouro da Habitação e Desenvolvimento Local, Paula Marques, a presidente da junta de freguesia de Benfica, Inês Drumond, o pároco da freguesia, padre David Mieiro, técnicos da CML e outras individualidades estiveram presentes no estaleiro da obra, onde irão nascer as novas casas do futuro e amigas do ambiente.

"Estamos a ultrapassar um bloqueio de muitas décadas", afirmou o edil. "Os bairros municipais não são bairros de segunda", disse, sublinhando que "Lisboa é uma cidade de todos e para todos, que queremos mais amiga, sustentável e ecológica."

Esta intervenção enquadra-se no Programa de Reabilitação Urbana da Zona de Alvenarias do Bairro da Boavista e vai permitir a construção de habitações municipais de nova geração, cuja construção avança já e pode estar concluída dentro de um ano e meio.

As novas casas, também em alvenaria, para manter as características do bairro, cumprem um conjunto de requisitos de sustentabilidade ambiental, terão hortas e as águas serão reutilizadas. Serão moradias unifamiliares com eficiência energética e adaptáveis ao crescimento natural das famílias.” Se o agregado crescer a casa pode ser reajustada, a fotografia de hoje não é a de amanhã” referiu Inês Drummond.

Quem não cabia em si de contente era João Orvalho, um dos realojados do bairro. Morador há mais de sessenta anos naquele lugar onde vão erguer-se as novas casas, também ele viu a sua ir abaixo. “ Ainda bem, graças a Deus que agora já tenho uma casa como deve ser. Antes eram de lusalite, frias, sem condições. Não, não senti tristeza, porque agora é que estou bem”, referiu, enquanto olhava as máquinas a esmagar pedra e cal.