Futuro do Património Marítimo reúne em Lisboa especialistas internacionais
Lisboa – uma das 100 cidades portuárias da Europa – consolidou ao longo dos séculos “a sua evolução inseparável” do rio e do mar, “atingindo um dos seus expoentes enquanto porto da cidade romana de Felicitas Iulia Olisipo.” Para Diogo Moura, vereador da Cultura, Economia e Inovação, este “grande porto romano no Atlântico” afirmou-se como “um eixo de comunicação entre litoral e o interior do território”, com “um papel relevante no contexto do vasto império romano”.
A “ligação fluvial e marítima, determinante para a sua expansão urbanística”, sublinha, ainda hoje “tem reflexos na sua identidade e traços estruturantes das suas linhas de desenvolvimento futuro”.
No contexto global, “numa fase de tripla transição clima-energia-digital, a economia azul deve assumir-se como eixo da estratégia de descarbonização”, defendeu Diogo Moura, na sessão de abertura do seminário, a 13 de janeiro, no Oceanário de Lisboa.
Em Lisboa, acrescentou, com a abertura do Hub do Mar “estaremos a trabalhar para nos posicionarmos como um dos hubs europeus líderes da economia azul”. Ao mesmo tempo, a reabilitação de uma das naves da Doca de Pedrouços permite “preservar o património tangível de uma construção num porto de pesca, e simultaneamente o património intangível da memória do lugar ligada ao mar”.
O caso do Hub do Mar de Lisboa – que valeu à cidade o prémio de Capital Europeia de Inovação – na reabilitação da Doca de Pedrouços, foi apresentado no painel da tarde, por Ana Sofia Aníbal, Diretora de Inovação e Setores Estratégicos da CML.
O objetivo, explicou, passa por posicionar Lisboa como um catalisador para o crescimento da economia azul em Portugal, permitindo que os diferentes atores, empresas, empresários, associações, investigadores e inovadores colaborem e cooperem.