Biblioteca Mega Ferreira de portas abertas no Pavilhão de Portugal
Lisboa assinala os 27 anos da abertura da Expo´98 com a abertura de novos espaços culturais no Pavilhão de Portugal – resultantes de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML), a Universidade de Lisboa e a Junta de Freguesia do Parque das Nações: uma biblioteca, uma sala de estudo e um centro interpretativo.
A sala de estudo, a funcionar durante as 24 horas do dia, é aberta a todos os estudantes e gerida pela Universidade de Lisboa. Ainda no Torreão Norte, o Centro Interpretativo do Parque das Nações, da responsabilidade da junta de freguesia, dá a conhecer a transformação da zona oriental de Lisboa, desde antes da exposição universal de 1998.
António Mega Ferreira, um dos impulsionadores da Expo’98, dá nome à biblioteca municipal que agora acolhe a coleção de livros por ele doada à cidade.
Hoje, salientou Carlos Moedas, presidente da CML, Mega Ferreira dá-nos "algo único: A sua biblioteca. Os seus livros. O seu mundo”. Na inauguração, com a presença de familiares de Mega Ferreira, o presidente da CML lembrou o homem "que nos deu muito mais do que aquilo que lhe demos. Que deu mais à cidade do que aquilo que lhe pediu. E hoje está mais uma vez a fazê-lo".
Nele, acrescentou o autarca, “juntaram-se duas dimensões da vida, que é tão raro vermos juntas: a do intelectual e a do fazedor”.
António Mega Ferreira morreu em Lisboa, a 26 de dezembro de 2022, aos 73 anos. Escritor, gestor cultural e jornalista, foi também tradutor, poeta, ensaísta, editor, tendo um percurso dedicado à comunicação, à escrita e à gestão de instituições e projetos culturais.
Assumiu funções relevantes na candidatura de Lisboa à Expo’98 – de que foi comissário executivo –, um projeto transformador da cidade, em particular da sua zona oriental.