Desporto

Ciclo de debates assinalou 40 anos do primeiro Ouro Olímpico nacional

No desporto e na vida, o sucesso depende de “fortes convicções, muito trabalho, perseverança, resistência, e vontade de ganhar”. Carlos Lopes encerrou, na Escola Secundária do Restelo, um ciclo de exposições e debates organizados pelo município.


Perante uma plateia cheia – incluindo a participação de atletas da UAARE Restelo - Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola – o antigo campeão, Carlos Lopes, partilhou a sua vivência enquanto atleta olímpico, manifestando a convicção de “ter contribuído para mudar o desporto português”.

Por ocasião do 40.° aniversário da primeira medalha de Ouro Olímpica de Portugal, conquistada por Carlos Lopes, na Maratona, a 12 de agosto de 1984, em Los Angeles, a Câmara Municipal de Lisboa promoveu, em abril e maio, um ciclo de exposições e debates sobre o atleta, em diversas escolas do município, para “celebrar o seu legado, o desporto e inspirar as futuras gerações”.

O olimpismo de Carlos Lopes, “é uma referência da coragem e inspiração para o crescimento dos mais novos em ambiente de desporto escolar”, afirmou Rui Cordeiro, vereador do Desporto, presente no encerramento do ciclo de debates e exposições sobre o antigo atleta “Olimpismo - da formação à excelência”.

Carlos Lopes foi um dos atletas portugueses mais premiados de sempre: foi medalha de prata nos 10 000 m em Montreal, 1976, e, oito anos mais tarde, conquistou a medalha de ouro na maratona de Los Angeles.

A Corrida
Era já madrugada e nós seguíamos
quilómetro a quilómetro a corrida
era já madrugada e nós corríamos
com aquele que levava ao peito as quinas
era já madrugada e nós não víamos
o loiro Menelau e as belas crinas
dos imbatíveis cavalos do Atrida.
Era só Carlos Lopes que nós víamos
e com ele ganhámos a corrida
aquela madrugada e toda a vida.
Manuel Alegre - publicado em “Nada está escrito”, 2012