Cultura

Comemorações do 1.º de Dezembro evocam a Restauração da Independência

A Praça dos Restauradores recebeu esta manhã a cerimónia do 1.º de Dezembro, organizada pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP), assinalando os 385 anos da Restauração da Independência.


Na cerimónia, Carlos Moedas afirmou que a leitura da História requer equilíbrio e citou Jaime Cortesão ao dizer que “os grandes homens são tanto mais representativos quanto melhor encarnam e orientam as necessidades e aspirações coletivas”. O autarca referiu que o 1.º de Dezembro marcou o momento em que os conjurados voltaram a representar a população, depois de um período em que “as elites políticas tinham levado o país ao domínio dos Filipes”. 

Carlos Moedas sublinhou, ainda, a importância da coragem, defendendo que na política é necessário “não ter medo de ir contra o que parece conveniente”.

A cerimónia contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, em representação do Primeiro Ministro. Incluiu a deposição de flores no obelisco dedicado aos que combateram pela Restauração da Independência.

A SHIP recorda que a revolta de 1640 pôs termo a seis décadas de domínio filipino e levou à aclamação de D. João IV, iniciando a Casa de Bragança. A Guerra da Restauração prolongar-se-ia até 1668, quando o Tratado de Lisboa consolidou a soberania portuguesa.