Direitos Sociais

“Cuidar, um caminho partilhado”: reflexão sobre cuidadores informais

De acordo com um estudo recente, o Estatuto do Cuidador Informal é desconhecido por 60% dos inquiridos, e apenas 40% recebem algum tipo de ajuda institucional. Os resultados foram apresentados no encontro “Cuidar, um caminho partilhado”, integrado na iniciativa Lisboa Cuida+, promovida pelo município de Lisboa e Instituto Padre António Vieira.


Ao longo do dia, no Centro de Interpretação de Monsanto, cuidadores, especialistas, técnicos, responsáveis institucionais e cidadãos participaram em sessões de debate, oficinas temáticas e dinâmicas participativas, dedicados aos desafios diários de quem cuida, o desconhecimento generalizado sobre o Estatuto do Cuidador Informal e a necessidade de criar respostas ajustadas às diferentes realidades.

Na sessão de abertura do encontro – integrado na iniciativa Lisboa Cuida+, – a vereadora dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, Sofia Athayde, sublinhou que “é obrigatório e urgente dar condições a quem cuida”. O ato de cuidar “transforma e condiciona profundamente a vida de quem assume esse papel, frequentemente enfrentando o cansaço, a solidão e o esquecimento”, acrescentou.

De acordo com um estudo diagnóstico, realizado em parceria com a Escola Superior de Enfermagem, cerca de 90% dos cuidadores informais em Lisboa nunca participaram em programas de apoio, 60% desconhecem o Estatuto do Cuidador Informal e apenas 40% recebem algum tipo de ajuda institucional.