Cultura

Gonçalo Byrne distinguido com Medalha de Honra da Cidade de Lisboa

O arquiteto Gonçalo Byrne “mudou o rosto de Lisboa”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, na entrega da Medalha de Honra da Cidade.


“Hoje, o seu nome fica indelevelmente ligado a Lisboa. À cidade que também ajudou a fazer, a construir e a transformar”, afirmou Carlos Moedas, considerando que a entrega desta medalha constitui “um ato de elementar justiça”, por distinguir “alguém cujo percurso de vida se sentiu de forma concreta em Lisboa e na vida dos lisboetas”.

“É um prémio que me dá muita honra porque esta é a minha cidade desde sempre, onde eu vivi e que me habituei a viver intensamente”, afirmou por sua vez Gonçalo Byrne, declarando-se “infinitamente agradecido por esta condecoração”. “Nunca sonharia que isto me poderia acontecer, mas uma vez que acontece, muitíssimo obrigado”, acrescentou.

A atribuição da Medalha de Honra da Cidade foi aprovada por unanimidade em reunião camarária, por proposta de Carlos Moedas. A sua relação com a cidade de Lisboa "espelha o seu percurso profissional, elegendo-a, sistematicamente, como simultâneo objeto de fascínio e de estudo”, pode ler-se no documento.

Autor de uma obra extensa e diversa, o seu trabalho tem sido amplamente reconhecido e premiado, tendo recebido, entre outros, o Prémio A.I.C.A/S.E.C., a Medalha de Ouro da Academia de Arquitetura de França e o Piranesi / Prix de Rome, edição de 2014, atribuído à reabilitação e extensão do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra.

A sua relação com a cidade de Lisboa espelha o seu percurso profissional, elegendo-a, sistematicamente, como simultâneo objeto de fascínio e de estudo. Entre as várias intervenções nesta cidade, destacam-se o Museu do Dinheiro, o Largo da Memória, ou o icónico Complexo Residencial ‘Pantera Cor-de-Rosa’ em Chelas (em coautoria com António Reis Cabrita), obra que pauta o início do seu gabinete em nome próprio; a Reabilitação do Quarteirão “Império” no Chiado, associada à reestruturação e regeneração urbana desta importante área da cidade; as várias instalações para os Campus Universitários (como por exemplo, o edifício do Departamento de Matemática da Universidade de Lisboa, o edifício C8 da mesma, a extensão e reabilitação do ISEG, entre outras); ou, mais recentemente, a Requalificação da Sede do Banco de Portugal (em coautoria com João Pedro Falcão de Campos) e a Requalificação do Teatro Thalia (juntamente com Barbas Lopes Arquitetos).

Foi condecorado, pela Presidência da República, com os títulos de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1995) e a Grande Ordem de Sant´lago da Espada (2006).