Cultura

Lisboa lamenta a morte de Fernanda Maria

A fadista Fernanda Maria Carvalheda Silva nasceu na antiga freguesia do Socorro, em Lisboa, a 6 de fevereiro de 1937. Morreu hoje, na sua cidade, aos 87 anos. Lisboa lamenta profundamente a sua morte e envia à família e amigos sentidas condolências.


Em 2012 – ao assinalar o 1º aniversário da consagração do Fado como Património Imaterial da Humanidade –, a fadista recebeu a Medalha Municipal de Mérito Ouro, pelo seu contributo na divulgação e preservação deste género musical de Lisboa.

Desde muito nova empregou-se a servir à mesa, nomeadamente na "Parreirinha de Alfama", onde se revelou como "uma das maiores intérpretes do género, símbolo do mais puro estilo fadista", salienta a biografia publicada no website do Museu do Fado. “Impulsionada por Alfredo Lopes" faz os testes para a Emissora Nacional e estreia-se no Serão para Trabalhadores, emitido a partir da Voz do Operário.

Em 1957, participa em espetáculos no Cinema Éden, no Odéon, e no Capitólio. Alguns dos momentos que Fernanda Maria “recorda com mais saudade são os espetáculos de variedades realizados no Pavilhão dos Desportos e no Coliseu dos Recreios”, sublinha o Museu do Fado.

Gravou o primeiro disco quando atuava na "A Severa" e mais tarde gravou também pelas editoras Valentim de Carvalho e Alvorada, interpretando êxitos como “Não Passes com Ela à Minha Rua” ou “Saudade Vai-te Embora",

Fernanda Maria, “voz carismática e peculiar”, teve como principais referências Argentina Santos e Maria Teresa de Noronha.