Mobilidade

Lisboa reforça aposta na Mobilidade Urbana Sustentável

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a desenvolver um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) que prevê melhorar a acessibilidade, a eficiência e a sustentabilidade dos transportes, tendo em conta o impacto direto na qualidade de vida dos cidadãos. O processo, que começou com uma avaliação das necessidades atuais, está agora na fase de participação ativa com sessões que juntam especialistas, agentes territoriais e munícipes para discutir soluções inovadoras e melhorar a qualidade de vida na cidade. Hoje realizou-se a segunda sessão no Museu de Lisboa - Palácio Pimenta.

 

 


Entre as principais prioridades do PMUS destacam-se a redução das emissões poluentes e de gases com efeito de estufa, a adoção de soluções energeticamente eficientes, o reforço das condições de segurança rodoviária e a promoção de uma rede de transportes públicos integrados e acessíveis a todos. A criação de interfaces mais funcionais e a aposta numa maior divulgação das alternativas já disponíveis no sistema de transportes são outros pontos que a autarquia sublinha como essenciais para cumprir os objetivos de descarbonização e melhoria da mobilidade na cidade.

“É uma oportunidade para compreendermos de forma mais profunda os fatores de mobilidade e os desafios que a cidade enfrenta, que visa programar um conjunto de medidas que envolvam todos os agentes”, sublinha Fernando Rosa, chefe da divisão de Estudos e Planeamento da Mobilidade da CML.

Estas sessões de participação com representantes de diferentes setores de atividades e a realização de workshops com as cinco unidades territoriais (UIT Ocidental, UIT Centro, UIT Centro Histórico, UIT Oriental e UIT Norte) permitem uma auscultação das necessidades e das propostas de quem vive e trabalha em Lisboa. Há muitas questões que só entendemos verdadeiramente quando falamos com as pessoas que enfrentam, diariamente, os desafios de mobilidade. Este contacto direto revela-nos aspetos que muitas vezes não estão evidentes em estatísticas ou modelos de transporte”, salienta Susana Castelo, CEO da TIS ( Consultores em Transportes, Inovação e Sistemas ) e coordenadora do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável.

O horizonte temporal de dez anos permitirá a implementação faseada das soluções, procurando assegurar uma transformação gradual, mas duradoura, na forma como se circula em Lisboa. “Queremos ter uma mobilidade mais sustentável, inclusiva e segura, garantindo a qualidade de vida dos cidadãos e a dinâmica de desenvolvimento da cidade”, refere Fernando Rosa.