Medalha de Honra da Cidade atribuída a Celeste Caeiro
“Celeste Caeiro mostra que a história se faz muitas vezes através daqueles que menos esperamos, que os grandes acontecimentos têm um lugar tantas vezes graças a pessoas comuns. O seu nome ficou para sempre como um sinónimo do 25 de Abril", sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
"Deixou-nos o que foi, o que é, e o que continuará sempre a ser Abril. E ao fazê-lo, deixou-nos uma lição que é ela própria, uma demonstração de Abril: que são as pessoas que fazem a história, que às vezes são os pequenos gestos que mudam o mundo”.
Na cerimónia de entrega da medalha, Carolina Caeiro Fontela, neta da homenageada, recordou a “mulher de valor, de ideias fixas, de princípios inabaláveis. Uma mulher justa, que ao longo da vida mostrou muitas vezes o significado de perseverar, de lutar pelas nossas ideias e de nunca desistir, mesmo quando a vida parece mais difícil. É esta a melhor e a maior herança que ela me podia ter deixado”.
“Sem nunca ter tido medo das chaimites", recordou, perguntou aos soldados se precisavam de alguma coisa, para retribuir aquilo que eles ali estavam a fazer. “Aquele dia e aquela revolução ficaram conhecidos, nacional e até internacionalmente, como a Revolução dos Cravos. E ela, consequentemente, como a Celeste dos Cravos”.
A Medalha da Honra da Cidade destina-se a valor doar pessoas singulares ou coletivas nacionais ou estrangeiras de reconhecido mérito que tenham prestado à cidade de Lisboa serviços de excecional relevância.
Recordamos a entrevista concedida por Celeste Caeiro, à Câmara Municipal de Lisboa, em abril de 2014.