“Meu nome António” no MUDE
Na inauguração – no dia em que Variações completaria 81 anos, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, destacou o legado do artista: “As fotografias não são só fotografias, são uma história muito profunda de um homem que estava à frente do seu tempo, que mudou aquilo que o país era e que nós temos de reconhecer sempre, sempre, sempre”.
As fotografias mostram a personalidade forte, a liberdade criativa, o carisma e a estética visual que marcaram António Variações, e evidenciam a cumplicidade entre o artista e a fotógrafa. Não houve pós-produção, alterações de cor ou de métodos de inteligência artificial, apenas um restauro que preserva a essência da fotografia analógica dos anos 80.
A exposição foi construída em torno da força criativa de António Variações. Como afirmou Bárbara Coutinho, diretora do MUDE: “É essa genialidade que faz com que o António Variações se mantenha vivo. Porque a sua autenticidade era, de facto, única, singular, genial. E toda a exposição foi desenhada a pensar exatamente nessa vida, nessa genialidade, nessa originalidade que o António Variações era, e ainda é.”
No primeiro núcleo, António Variações surge em poses que destacam visuais ousados e a forma única como conjugava roupa vintage e acessórios. O segundo núcleo revela o interior da casa do artista e objetos que refletem a sua identidade e estética. O terceiro núcleo apresenta uma dimensão mais dramática, no olhar e na expressão. No quarto e último, reúnem-se imagens de duas sessões realizadas como preparação para a capa do álbum Dar & Receber. Todas revelam um lado íntimo e uma forte ligação de António Variações com a câmara e com a fotógrafa.
A exposição, pensada desde 2020, está patente no MUDE até 26 de abril de 2026.