Por se tratar de “uma das maiores referências do teatro em Portugal”, a cidade de Lisboa “evoca e perpetua” a sua memória, atribuindo o seu nome a um passeio junto ao parque infantil em Braço de Prata, Marvila.

“Não são muitos aqueles que alcançam este estatuto. Está reservado aos melhores. Entre estes melhores está a Eunice Muñoz, que se tornou um desses rostos por nós amados”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, numa publicação da Comissão Municipal de Toponímia de Lisboa.

Na cerimónia simbólica de descerramento da placa toponímica, a 6 de maio, o autarca destacou a “simplicidade pura”, da figura “inspiradora" de toda uma geração de atores.

“Sentimo-nos muito honrados por esta homenagem e por recordarem como nós a extraordinária mãe, atriz que nos deixava admirados como espectadores em frente ao palco”, lembrou o filho, António Munhoz. Alguém, confessou, “que manipulava completamente as nossas emoções, os nossos sentimentos”.

Eunice Muñoz estreou-se, com apenas 13 anos, na peça “Vendaval”, no Teatro Nacional D. Maria II. Ao longo de uma carreira de décadas, participou em mais de 120 peças e esteve ligada a mais de 30 companhias de teatro.

Considerada como “A Dama do Teatro Português”, foi distinguida com diversos títulos honoríficos: Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2021); Grã-Cruz da Ordem de Mérito (2018); Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (1981); Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1981); Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2011).

Em 1988, foi-lhe atribuída a Medalha de Honra da Cidade de Lisboa, e em 1990 a Medalha Municipal de Mérito Cultural.

Eunice Muñoz, natural da Amareleja, concelho de Moura, nasceu a 30 de julho de 1928 e morreu a 15 de abril de 2022.