Câmara de Lisboa e Águas do Tejo Atlântico promovem futuro sustentável da água
O contrato, agora assinado, resulta de um projeto piloto iniciado em março de 2022, que “demonstrou a viabilidade técnica e os benefícios ambientais e económicos da reutilização de águas residuais tratadas em Lisboa”.
Este período, “permitiu a rega de espaços verdes emblemáticos como a Zona Norte do Parque das Nações, utilizando Água+, ApR de Classe A, num passo importante para a cidade ”na busca por soluções inovadoras e sustentáveis na gestão do ciclo urbano da água".
Com o fornecimento da “Água+” – água reciclada nas fábricas de Águas do Tejo Atlântico em Lisboa –, a capital “promove a sustentabilidade ambiental, social, um passo significativo na gestão eficiente dos recursos hídricos e na adaptação às alterações climáticas”.
Um avanço significativo na gestão sustentável dos recursos hídricos
“Este projeto piloto foi uma novidade absoluta no âmbito da administração pública”, explica o vereador da Estrutura Verde, Ângelo Pereira. O potencial de replicação deste projeto, acrescenta, “permitirá impulsionar a acessibilidade, a partilha e o conhecimento sobre a reutilização de águas residuais tratadas”, uma solução ambiental "cada vez mais eficiente e mais económica na gestão circular da água nas cidades”.
Do ponto de vista ambiental, a reutilização de águas usadas e tratadas contribui para a salvaguarda do Capital Natural “água” e a redução da rejeição de efluentes no estuário do Tejo. Socialmente, o projeto aumenta a resiliência da cidade às alterações climáticas e promove a consciencialização ambiental entre os cidadãos. Do ponto de vista económico, a utilização de água+ em rega e lavagens é uma solução eficaz que reduz os custos associados ao transporte e tratamento de água potável, além de fomentar a inovação e o desenvolvimento regional.
A utilização desta “Água para Reutilização”, “devidamente tratada e distribuída, é uma iniciativa que deve ser acarinhada e incrementada”, sublinha Ângelo Pereira: ela “constitui uma resposta aos desafios das alterações climáticas com que nos debatemos”, e “responde ao crescente aumento do consumo para usos não potáveis com que nos defrontamos”.
Os passos seguintes, revelou Catarina Freitas, diretora do Ambiente, incluem novas licenças para rega e lavagem de ruas, através de autotanques das juntas de freguesia e bombeiros; a construção de uma rede com prioridade em Campolide/Praça de Espanha, Belavista e Mata de Alvalade, além de ativação de ramais no Jardim da Estrela e Tapada das Necessidades.