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"Celeste dos Cravos" imortalizada na sua Lisboa

No local onde, há 51 anos, Celeste Caeiro ofereceu um cravo a um soldado que lhe havia pedido um cigarro, a Celeste dos Cravos está agora inscrita no rosto de Lisboa. A placa, com o poema “Celeste em Flor”, de Rosa Guerreiro Dias, foi descerrada hoje, no final da Rua do Carmo, junto ao Rossio.


"És somente portuguesa
Uma mulher em tantas mil
Mas irás ser com certeza
Mulher dos cravos de Abril"

A placa com o poema "Celeste em Flor", de Rosa Guerreiro Dias, presta homenagem à mulher que inspirou o nome Revolução dos Cravos ao 25 de Abril de 1974.

Na homenagem prestada pela cidade, neste dia da Liberdade, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, esteve acompanhado por vereadores das diversas forças políticas representadas no município.

"Já inscrevemos o nome de Celeste Caeiro na história de Lisboa, através da atribuição de uma medalha. Hoje, estamos a inscrevê-la no rosto de Lisboa, naquilo que ela verdadeiramente é: Celeste dos Cravos, a mulher da Liberdade. Uma mulher simples que naquele dia mudou a história do mundo”, afirmou Carlos Moedas.

Em fevereiro deste ano, a CML atribuiu, também a título póstumo, a Medalha de Honra da Cidade a Celeste Martins Caeiro.

Em representação da família, a neta, Carolina Caeiro Fontela, lembrou a “enorme bondade” que caracterizava a avó, agradecendo à cidade a homenagem.