Começou em Lisboa a XII edição da Semana da Reabilitação Urbana
Na sessão de abertura, dedicada às políticas públicas locais, Carlos Moedas traçou um balanço do trabalho recente da Câmara Municipal de Lisboa na habitação, no urbanismo, e no espaço público: “oferta, acesso e inclusão”, destacou o autarca.
“O investimento que foi feito em termos de habitação foi absolutamente único”, sublinhou. No imediato, a CML tem ajudado as pessoas a pagar a renda, assegurou. “E conseguimos, hoje ajudamos mais de mil famílias a pagar a renda”.
Lisboa tem “um desígnio muito claro: associar um forte crescimento económico exponencial a um forte Estado Social Local”, afirma Filipa Roseta, vereadora da Habitação. A “nossa ideia é conseguir tirar ideias desta Semana de Realização Urbana, que tem como tema também os territórios inclusivos", e perceber "como é que a cidade pode, de facto, associar o forte crescimento exponencial a um Estado Social Local muito forte também”, afirmou a vereadora, no painel dedicado às respostas do municípios no acesso à habitação, com a participação de autarcas da Área Metropolitana de Lisboa.
À margem da inauguração da exposição “Cidade feita pelas mulheres” – para “honrar o passado, valorizar o presente e inspirar o futuro” –, a vereadora do Urbanismo de Lisboa, Joana Almeida, destacou o “início dos trabalhos da CML "na construção de uma visão de cidade para 2040”, de acordo com uma “maior sustentabilidade do ponto de vista social e ambiental”.
Ao longo de três dias, com a participação de mais de 100 oradores, a Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa abre as portas à cidade, “a todos os que a procuram para viver, trabalhar e investir”, numa iniciativa da Vida Imobiliária, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa.
As rainhas que moldaram as cidades
D. Leonor (1458-1525), Rainha das Misericórdias; D. Estefânia (1837-1859), A Caridosa; D. Maria Pia (1847-1911), O Anjo da Caridade e D. Amélia (1865-1951), A Benemérita, foram “pioneiras na criação de infraestruturas essenciais que ainda hoje moldam a paisagem urbana e a vida das comunidades”.
A exposição “Cidade feita pelas mulheres” evoca estas rainhas de Portugal e o seu papel papel ativo na transformação das cidades, não apenas como figuras simbólicas, mas como verdadeiras impulsionadoras do desenvolvimento urbano. Através da Casa das Rainhas, um património senhorial e imobiliário que lhes garantia autonomia, estas mulheres deixaram uma marca indelével no território.
Com os recursos de que dispunham, fundaram e transformaram cidades, vilas e aldeias, promovendo a construção de hospitais, mosteiros, igrejas e escolas.
Na exposição – organizada pela WIRE Portugal - Women in Real Estate, e presidida pela vereadora Joana Almeida na qualidade de madrinha – é ainda destacado o trabalho de mulheres como Cristina Santos, Helena Roseta, Inês de Medeiros, Margarida Caldeira, Paula Roque, Raquel Maia, Sílvia Mota e Sofia Galvão, “cujo legado se reflete nos espaços que habitamos e na identidade que construímos”.