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Urbanismo

Começou em Lisboa a XII edição da Semana da Reabilitação Urbana

A Semana da Reabilitação Urbana regressou a Lisboa, pela primeira vez no Beato Innovation District, de 25 a 27 de fevereiro, dedicada à habitação, construção e sustentabilidade.


Na sessão de abertura, dedicada às políticas públicas locais, Carlos Moedas traçou um balanço do trabalho recente da Câmara Municipal de Lisboa na habitação, no urbanismo, e no espaço público: “oferta, acesso e inclusão”, destacou o autarca.

“O investimento que foi feito em termos de habitação foi absolutamente único”, sublinhou. No imediato, a CML tem ajudado as pessoas a pagar a renda, assegurou. “E conseguimos, hoje ajudamos mais de mil famílias a pagar a renda”.

Lisboa tem “um desígnio muito claro: associar um forte crescimento económico exponencial a um forte Estado Social Local”, afirma Filipa Roseta, vereadora da Habitação. A “nossa ideia é conseguir tirar ideias desta Semana de Realização Urbana, que tem como tema também os territórios inclusivos", e perceber "como é que a cidade pode, de facto, associar o forte crescimento exponencial a um Estado Social Local muito forte também”, afirmou a vereadora, no painel dedicado às respostas do municípios no acesso à habitação, com a participação de autarcas da Área Metropolitana de Lisboa.

À margem da inauguração da exposição “Cidade feita pelas mulheres” – para “honrar o passado, valorizar o presente e inspirar o futuro” –, a vereadora do Urbanismo de Lisboa, Joana Almeida, destacou o “início dos trabalhos da CML "na construção de uma visão de cidade para 2040”, de acordo com uma “maior sustentabilidade do ponto de vista social e ambiental”.

Ao longo de três dias, com a participação de mais de 100 oradores, a Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa abre as portas à cidade, “a todos os que a procuram para viver, trabalhar e investir”, numa iniciativa da Vida Imobiliária, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa.

As rainhas que moldaram as cidades

D. Leonor (1458-1525), Rainha das Misericórdias; D. Estefânia (1837-1859), A Caridosa; D. Maria Pia (1847-1911), O Anjo da Caridade e D. Amélia (1865-1951), A Benemérita, foram “pioneiras na criação de infraestruturas essenciais que ainda hoje moldam a paisagem urbana e a vida das comunidades”.

A exposição “Cidade feita pelas mulheres” evoca estas rainhas de Portugal e o seu papel papel ativo na transformação das cidades, não apenas como figuras simbólicas, mas como verdadeiras impulsionadoras do desenvolvimento urbano. Através da Casa das Rainhas, um património senhorial e imobiliário que lhes garantia autonomia, estas mulheres deixaram uma marca indelével no território.

Com os recursos de que dispunham, fundaram e transformaram cidades, vilas e aldeias, promovendo a construção de hospitais, mosteiros, igrejas e escolas.

Na exposição – organizada pela WIRE Portugal - Women in Real Estate, e presidida pela vereadora Joana Almeida na qualidade de madrinha – é ainda destacado o trabalho de mulheres como Cristina Santos, Helena Roseta, Inês de Medeiros, Margarida Caldeira, Paula Roque, Raquel Maia, Sílvia Mota e Sofia Galvão, “cujo legado se reflete nos espaços que habitamos e na identidade que construímos”.