Rede Ciclável de Lisboa redesenhada com mais segurança e funcionalidades
A cidade tem mais de 100 km de infraestruturas protegidas para bicicletas, embora a rede apresente fragilidades, e seja necessário expandir a rede e ligar a infraestrutura criada. Avenida Almirante Reis, Avenida 24 de Julho e Rua Professor Pinto Peixoto, são as ruas que apresentam mais problemas de segurança após análise dos técnicos.
As conclusões integram o plano hoje apresentado, pelo vice-presidente e vereador da Mobilidade, Filipe Anacoreta Correia, que prevê a adoção de diversas medidas, nomeadamente:
- investimento global de 13 milhões de euros, e 1,7 milhões de euros em manutenção
- aumentar a rede ciclável em 50%
- construção de 14 eixos de ligação
- construção de ligações em falta em a 121 escolas e 5 universidades
- reforçar a manutenção das vias e sinalética do pavimento.
O novo desenho da rede ciclável tem em conta a recente auditoria, a cargo de uma empresa especializada em redes cicláveis, cuja abordagem passou por "tornar Lisboa uma cidade amiga das bicicletas” na perspetiva do ciclista.
Depois de "quatro dias a pedalar e a filmar a rede", foram analisados os dados de um inquérito online, no mês de junho de 2023, cujos resultados apontam para um sentimento de insegurança nos cruzamentos por parte de 2/3 dos inquiridos.
A maioria dos entrevistados, revela o relatório da auditoria, vê a rede de Lisboa como descontínua, e entende que a proteção contra o tráfego motorizado é insuficiente, apontando ainda para a existência de muitos locais inacessíveis de bicicleta.
“Temos de aumentar a nossa rede ciclável, torná-la mais segura e mais acessível”, defendeu Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na apresentação do Plano de Ação 24-25. “Vamos desenvolver este plano e vamos ter mais ciclovias em Lisboa”, acrescentou.