Sessão de apresentação pública: A nova Avenida Almirante Reis
"Imaginem o desafio que foi trabalhar nesta avenida, com uma largura de 25 metros para tantas funções”: passeio, arborização, ciclovia, transporte público e transporte privado, começa por salientar a vereadora do Urbanismo, Joana Almeida.
Todo o trabalho técnico associado ao projeto foi destacado pela vereadora do Urbanismo, na abertura da sessão: “espaço público, ambiente, mobilidade, segurança, higiene urbana, iluminação pública, saneamento, Carris, Metro, Polícia e Bombeiros. E, paralelamente, o processo de participação pública, com mais de 2 500 participações, ”tratado em quatro pilares: ambiente, mobilidade, acessibilidade pedonal e segurança".
“Estamos numa fase de projeto de execução”, informou Joana Almeida, uma fase com a duração de um ano. Paralelamente, “vão sendo feitos alguns estudos necessários para a conclusão do projeto”, salientou.
Prioridade aos transportes públicos e modos suaves
Dar prioridade ao transporte público e aos modos suaves de mobilidade, são objetivos prioritários deste projeto de requalificação. A Avenida terá uma faixa exclusiva para o transporte público, ciclovias seguras e pavimentos confortáveis para os peões. "Não é a cidade dos carros com as pessoas, é a cidade das pessoas com os carros. Estamos a privilegiar o transporte público", realça a vereadora.
Existe, sublinhou, a preocupação de resolver o “conflito veículo-ciclovia". Há um pavimento de calçada, “que não é a calçada portuguesa, ao longo de todo o eixo, que marca bem este corredor do peão”, explicou. "Há uma distinção aqui, como há em várias zonas da cidade, em que temos este pavimento confortável e também o temos ao longo de toda a avenida Almirante Reis".
O acesso ao hospital, foi uma das preocupações apresentadas pelos moradores. A remoção do separador central, esclareceu Joana Almeida, vai permitir “que os veículos de emergência realizem ultrapassagens de forma eficiente, garantindo assim a sua circulação rápida, tal como acontece noutros eixos da cidade”.
Lisboa sem Fios vai limpar a face da Avenida
Outra questão abordada foi a visibilidade dos cabos das operadoras telefónicas. O projeto Lisboa sem Fios - com a realização de um conjunto de ações piloto - permitiu “pela primeira vez ter todas as operadoras a trabalhar ao mesmo tempo para retirar os cabos inativos", afirmou Joana Almeida.
Com este projeto “vamos passar a ter toda a calha horizontal no subsolo. E com a reabilitação dos edifícios que está a acontecer aqui na Almirante Reis, os projetos já colocam a coluna vertical e, por isso, pouco a pouco, os cabos vão desaparecendo”.
O projeto de requalificação do eixo da Almirante Reis é parte de uma visão macro para a cidade, alinhada com a estratégia “Lisboa 2040”. Ao combinar mobilidade sustentável, espaços públicos acessíveis e soluções inovadoras, a cidade pretender ser um modelo de urbanismo, com a participação de todos.