Casa dos Bicos

Através da musealização de algumas estruturas arqueológicas encontradas em diversas campanhas realizadas neste espaço desde 1981, a exposição apresenta dados inéditos sobre a evolução ocupacional do sítio, permitindo conhecer diversas fases da evolução desta parcela da frente ribeirinha, entre o período romano e a atualidade.

Da cidade romana de Olisipo, são revelados vestígios de uma unidade fabril de preparados e condimentos de peixe, instalada provavelmente no séc. I d.C. junto à praia fluvial.

Um troço de muralha e torre de planta semicircular documenta igualmente o reforço defensivo que as cidades romanas sofreram a partir do final do séc. III e, através de outros vestígios arqueológicos, evidencia-se que, neste local, o traçado da muralha medieval integrou a antiga muralha romana.

Situada junto ao Tejo, a Casa dos Bicos é um dos mais notáveis exemplos da arquitetura civil do século XVI. Mandada construir por Brás de Albuquerque por volta de 1522, este edifício testemunhou diferentes épocas e usos; e guarda, no seu Núcleo Arqueológico, vestígios desde a ocupação romana até à atualidade. 

Nesta visita, os participantes vão explorar a história da casa e da cidade, descobrindo os segredos escondidos por trás das suas pedras em forma de pontas de diamante ou “bicos”.

Percurso do núcleo arqueológico da Casa dos Bicos às portas do Castelo de São Jorge para dar a conhecer Al Uxbuna.

Entre ruelas labirínticas, pequenos pátios, fontes e miradouros, descobrem-se vestígios da Lisboa islâmica, da sua cerca e da sua medina.