Câmara promove sessão pública sobre Cooperativa Rua António do Couto
O primeiro passo do concurso, lembrou, consiste em selecionar as 18 famílias que vão habitar as casas. "Escolher os vizinhos é o primeiro passo", explicou a vereadora Filipa Roseta, afirmando que depois, “é necessário formar a cooperativa, caso ainda não exista".
Outro ponto importante é o financiamento, acrescentou. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) cede os terrenos por um período de 90 anos, e a cooperativa fica responsável pelos custos de construção. Segundo a vereadora, este modelo representa uma poupança significativa em comparação com os preços do mercado livre. "Mesmo que as famílias precisem de um empréstimo, estão sempre a pagar menos do que no mercado imobiliário tradicional", salientou.
“A cooperativa é para ter uma casa para a vida, para si próprio, para os seus vizinhos, pelo custo de construção. É este o princípio.” afirmou a vereadora.
Normalmente, salientou, o preço de uma casa reflete “o preço do terreno, o preço da construção e o preço que o promotor põe em cima para fazer isto tudo. São três parcelas. O que nós estamos a dizer é que vamos dar-vos o terreno, sai o custo do terreno, sai o custo do promotor, fica só o custo da construção. Portanto, este é o valor que a cooperativa tem que pagar”.
A expectativa é que os vencedores do concurso possam iniciar a construção até ao final do próximo ano, “porque o projeto está aprovado no Urbanismo”. Assim, uma vez comprovado o financiamento e assegurado um empreiteiro, as obras podem iniciar neste período.
As “Cooperativas 1.ª Habitação Lisboa” – cujo modelo havia sido aprovado em fevereiro deste ano – pretendem garantir “soluções de habitação para a vida”, em várias zonas da cidade.