Lisboa mantém ativa a luta contra a Sida
Sob o lema definido pela UNAIDS para este ano: “Seguir o caminho dos direitos”, a iniciativa Lisboa Sem Sida promoveu um conjunto de ações que destacam os desafios e avanços alcançados na luta contra a doença.
A vereadora dos Direitos Sociais, Sofia Athayde, sublinhou a importância histórica deste marco: “Há 40 anos foi detetado em Portugal o primeiro caso de VIH. Desde então, temos conseguido progressos extraordinários, mas a batalha ainda não está ganha. Registamos mais de mil novas infeções por ano e continuamos com níveis preocupantes de diagnósticos tardios, acima da média europeia.”
Nos últimos anos, Lisboa tem reforçado os seus esforços nesta área, particularmente após a adesão, em 2017, à iniciativa global Fast Track Cities e o lançamento da Lisboa Sem Sida em 2018.
Estas ações estabeleceram “metas ambiciosas, como garantir que 95% das pessoas com VIH conheçam o seu diagnóstico, 95% estejam em tratamento e 95% em tratamento apresentem carga viral indetetável”, refere a autarca. A erradicação da doença até 2030 inclui também o combate às hepatites virais e à tuberculose.
Entre 2022 e 2024, a Câmara Municipal dinamizou mais de 60 ações de sensibilização nas escolas, alcançando 1 430 alunos, e promoveu 2 116 rastreios gratuitos na cidade.
As atividades realizadas no âmbito da Semana Europeia do Teste, entre 18 e 25 de novembro, reforçaram esta estratégia, oferecendo rastreios rápidos, anónimos e confidenciais para VIH, hepatites B e C, bem como outras infeções sexualmente transmissíveis.
Para Sofia Athayde, o sucesso desta missão depende de um esforço conjunto: “Para cumprir este desafio obrigatório, Lisboa precisa do conhecimento, da competência e da colaboração de todos, desde a administração central, passando pelos serviços municipais, até às organizações locais e à sociedade civil".
A vereadora destacou ainda o papel central da prevenção e da literacia em saúde sexual, e apelou ao envolvimento contínuo da população para transformar Lisboa numa cidade livre de VIH: “Está nas nossas mãos. Só temos mais seis anos para alcançar este objetivo. Precisamos de todos, porque juntos podemos fazer a diferença".
As iniciativas do Dia Mundial da Sida em Lisboa pretendem sensibilizar para a importância do diagnóstico precoce, e do acesso ao tratamento, promovendo uma sociedade mais informada e preparada para eliminar o estigma associado à doença.