Lisboa "precisa de mais" Polícia Municipal e PSP
A Polícia Municipal (PM) “não é um órgão de polícia criminal, obviamente, mas é um órgão de segurança das pessoas”, afirmou Carlos Moedas, na sessão de abertura da conferência ”Segurança Urbana e Comunidades Locais", organizada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e CMTV.
“Não faz sentido”, salientou, a PM não poder levar "um criminoso para a esquadra porque isso não lhe foi atribuído. Se é preciso uma mudança da lei, então que a lei seja mudada", disse. “Lisboa tem que se sentir segura e essa segurança não vem só da PSP, vem também da presença da PM”.
Na conferência de hoje, o autarca começou por assinalar a importância desta força municipal – constituída por agentes da PSP – nas mais de 400 ações de fiscalização nos últimos três anos, “em lojas de souvenirs, restaurantes ou bares”. Na semana passada, em Arroios, a PM fechou um restaurante onde estavam 30 imigrantes "que viviam em condições sub-humanas”, considerou Carlos Moedas.
O Policiamento Comunitário de Lisboa, já em 15 zonas da cidade – cujo modelo tem sido partilhado com cidades capitais como Bruxelas e Paris – foi outro tema em destaque na intervenção do presidente da CML. A presença destas equipas da PM deve ser permanente, e não apenas “quando os problemas acontecem”, afirmou. “O policiamento comunitário torna-se parte da comunidade”.
O ciclo de conferências “Lisboa, uma Cidade para Todos” , uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa, o Correio da Manhã e a CMTV, aborda “as políticas urbanas que já marcam a atualidade e que vão definir o futuro da capital portuguesa”.