Município atribui 27 espaços comerciais em bairros municipais
A primeira edição do concurso “A Minha Loja” – que decorreu entre 25 de fevereiro e 25 de março – integrou uma bolsa de espaços em 12 freguesias de Lisboa. Os projetos vencedores incluem atividades económicas que vão desde mercearias, lavandarias e papelarias, até negócios de estética, moda, costura, gastronomia, cultura, mobiliário artesanal e terapias. A grande maioria destes projetos foi apresentada por moradores dos bairros, reforçando o objetivo de promover a integração profissional e o desenvolvimento local.
Os bairros municipais, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, “tinham muitas lojas que estavam fechadas”. O programa, disse, quer “disponibilizar as lojas para que as próprias pessoas do bairro possam fazer o seu café, o seu cabeleireiro, montar o seu negócio”. Com a entrega das primeiras 27 chaves do programa “conseguimos ter aquilo que muitas vezes falamos: a cidade tem que viver no seu bairro”.
Os espaços não habitacionais são “um instrumento relevante na política de desenvolvimento local”. Para regulamentar a forma e as condições de atribuição de mais de 1 000 espaços – em edifícios localizados nos bairros sob gestão municipal – a Câmara de Lisboa aprovou, em 2024, o Regulamento de Atribuição e Gestão de Espaços Não Habitacionais em Bairros Municipais do Município de Lisboa. O concurso “A Minha Loja” integra-se na estratégia municipal de valorização dos bairros, que inclui o concurso “O Meu Bairro”, dedicado a atividades sem fins lucrativos nas áreas sociais, culturais, desportivas e recreativas, com candidaturas abertas até 5 de setembro.
Na cerimónia desta tarde, foram, ainda, entregues as chaves de 42 casas, no âmbito de diversos programas municipais de acesso à habitação, nomeadamente o programa Renda Acessível.
“Hoje estão aqui muitos jovens profissionais, que já não conseguem pagar rendas em Lisboa”, afirmou Carlos Moedas. Lisboa “precisa que esta juventude que está aqui, enfermeiros, professores, polícias, vivam na cidade”.